O novo figurino da Taça de Portugal, aprovado esta semana em reunião da direção da FPF, vai pôr as equipas da I Liga a jogar fora de casa na terceira eliminatória, diante de equipas de escalões inferiores. O mesmo acontece, na ronda anterior, com as equipas da II Liga, que entram em prova mais cedo. Esta é uma das principais alterações ao formato, que prevê também um aumento do número de equipas participantes: eram 135, passam a ser 160, dado o reforço do contingente de equipas provenientes dos campeonatos distritais.

Segundo fonte da FPF, contactada pelo Maisfutebol, esta última medida tem por objetivo «alargar a dimensão nacional da prova, garantindo presença de todos os quadrantes geográficos no sorteio» da primeira eliminatória, onde estarão representadas 80 equipas do campeonato Nacional de Seniores e 44 provenientes das competições distritais. Nesta eliminatória, as 124 equipas serão distribuídas por oito grupos definidos por proximidade geográfica. Isto permitirá deslocações menores, potenciando jogos com maior rivalidade regional.

Às equipas apuradas nesta ronda juntam-se depois as da II Liga (à exceção das equipas B) que na segunda eliminatória jogarão fora de casa, com adversários de escalões inferiores. A terceira eliminatória já contará com as equipas do escalão principal, que também jogam fora de portas, diante de adversários de qualquer outro escalão. Na prática, isto impede que equipas da I Liga se defrontem antes da quarta eliminatória, altura em que o sorteio passa a ser livre de condicionantes. Daí em diante, com 32 equipas em competição, mantêm-se os moldes atuais da competição, eliminatórias em jogo único e meias-finais a duas mãos.

Acabam os isentos, chegam os repescados

Outra novidade aprovada pela FPF prende-se com o fim das equipas apuradas diretamente por sorteio, os tradicionais «isentos». Em sua substituição, face à necessidade de acertar o número de equipas participantes numa eliminatória, será instituído um sistema de repescagem por sorteio para as equipas perdedoras na ronda anterior. Serão repescadas quantas equipas forem necessárias para o acerto de participantes.

Com estas alterações, o total de jogos na próxima edição da Taça vai passar de 136 para 173. Na primeira eliminatória serão 62 jogos, na segunda, 46, e na terceira, 32. Daí e diante mantém-se tudo como estava.

No que se refere a prémios de participação não há mudanças em relação ao que estava já em vigor na época passada: o vencedor vai receber 300 mil euros, a que se juntam receitas adicionais de TV e bilheteira, que podem totalizar um valor próximo dos 550 mil. O finalista vencido recebe metade desse valor. Os prémios de participação vão entre os 2 mil euros por clube na primeira eliminatória aos 15 mil para os que atingem as meias-finais, não contando com as verbas provenientes das receitas de bilheteira e TV, a definir posteriormente.