Custou (um bocadinho) mas acabou por terminar de forma calma a vitória do Marítimo na Figueira da Foz (4-0), num jogo que apenas conheceu golos na última meia hora, depois da entrada de Dyego Sousa, que formou uma aliança imparável com Ghazaryan.

Durante os primeiros 45 minutos houve Taça na Figueira da Foz. Se é um facto que o Marítimo teve maior protagonismo com bola, também é verdade que a primeira oportunidade de real perigo nesta partida surgiu junto à baliza maritimista. Na sequência de um livre lateral de Fred, o jogador-treinador-capitão Sérgio Grilo cabeceou para uma defesa aplicada de Charles. A Naval, até aí uma equipa meramente defensiva, atrevia-se e mostrava que podia fazer mossa ao favoritíssimo Marítimo.

Regidos pela batuta do maestro Ghazaryan, os maritimistas tentaram a resposta e ficaram perto do golo em algumas ocasiões. Eskerdinha, na cobrança de um livre direto, Éber Bessa e Babá, estes dois com uma tentativa cada, ameaçaram as redes defendidas pelo jovem Igor, guardião que mostrou muito nível na tarde deste domingo (pese embora, seja júnior de primeiro ano). Apesar de tudo, a direção dos remates não foi a melhor e o jogo chegou empatado ao intervalo, de forma surpreendente.

No arranque da segunda metade, Daniel Ramos decidiu lançar Gevaro para o lugar de Djoussé, que pouco ou nada tinha acrescentado nos primeiros 45 minutos. No entanto, foi outra substituição que acabou por mexer decisivamente com a partida: a entrada de Dyego Sousa ao quarto de hora. O atacante brasileiro, apenas 60 segundos depois de ter entrado, ganhou uma bola de cabeça, após cruzamento largo de Gevaro na esquerda, assistindo Brito para o primeiro da tarde. Digamos que o mais difícil estava deito para a equipa madeirense.

A vitória seria completada já nos últimos 20 minutos, isto depois de o Marítimo ter criado mais algumas ocasiões para marcar. Aos 72 minutos, Ghazaryan, a figura da partida, recebeu um passe bem metido de Dyego Sousa e bateu Igor tranquilamente. Seis minutos volvidos, foi novamente o arménio a faturar, num movimento fácil na área navalista. A vitória ficaria completa aos 89 minutos, com um remate vitorioso do inevitável Dyego Sousa. Vitória aparentemente tranquila de um Marítimo que acordou tarde mas ainda a tempo de garantir a quarta eliminatória.

FICHA DE JOGO

Campo de Treinos da Naval 1º de Maio

Espectadores: 300.

Árbitro: João Matos (AF Viana do Castelo).

Árbitros-assistentes: Rui Lícinio e Paulo Vieira.

Quarto árbitro: Bruno Nunes.

NAVAL 1º DE MAIO: Igor; André, Vumi, Sérgio Grilo, Fred; Amadu, Jourdan; João Tiago (Filipe Mendes, 58m), Ladeira (Flávio Silva, 72m), Leandro; Rodrigo (Reda, 58m).

Suplentes não utilizados: Samuel, João Carlos, Baitik e Pavel.

MARÍTIMO: Charles Marcelo; Coronas, Deyvison, Dirceu, Eskerdinha; Jean Cléber, Djoussé (Gevaro, 46m), Ghazaryan; Éber Bessa, Babá (Dyego Sousa, 60m), Brito (Amido Baldé, 77m).

Suplentes não utilizados: Wellington, Maurício, Samuel e Fransérgio.

GOLOS: Brito (61m), Ghazaryan (72m), Ghazaryan (78m) e Dyego Sousa (89m).

Disciplina: Djoussé (45m).