A FIGURA

Sérgio Oliveira: fulcral em todas as fases do jogo e espaços do terreno. O cruzamento para o golo de Soares deixa água na boca e coroa uma exibição muito responsável. Exímio na missão no meio campo defensivo. E um dos homens de proa a afastar a bola da área de Casillas, sobretudo nos cruzamentos e cantos que ali caíam. O médio parece talhado para os jogos “grandes” esta época. Deu músculo ao meio campo, capacitou as rápidas transições que o FC Porto privilegia. E foi quem mais perto esteve de desfazer o nulo até ao 1-0, num livre teleguiado a encontrar o poste da baliza de Patrício. Até à delícia no momento decisivo do jogo.

O MOMENTO: delícia de Sérgio Oliveira e cabeça de Soares (60’)

O Sporting até atravessava a melhor fase após o reinício, quando a resposta do FC Porto foi tão eficaz quanto letal. Após um primeiro cruzamento de Ricardo afastado por Mathieu, a bola caiu em Sérgio Oliveira na direita. O médio enviou um arco perfeito para o coração da área e lá estava Soares. Toque de cabeça matador entre Piccini e Ristovski, a deixar Patrício colado ao solo e a dar vantagem aos dragões pelo Jamor.

CRÓNICA: Outro Sérgio abriu a porta para Soares entrar

OUTROS DESTAQUES

Soares: algo discreto na primeira parte, apareceu na segunda para dar vantagem rumo ao Jamor. Se já o tinha feito na Taça da Liga, mas viu o remate certeiro anulado, desta feita desbloqueou o nulo à hora de jogo com um cabeceamento sublime a cruzamento de Sérgio Oliveira. Decisivo. E (muito) lutador na frente, principalmente já com a vantagem no marcador. Parece talhado para jogos com os leões: recorde-se que, na estreia pelo FC Porto, na época passada, bisou no Dragão para dar o triunfo na Liga.

Marega: ainda que algo discreto, foi sempre um perigo quando recebeu a bola nas costas da retaguarda leonina. Ou descaído pela direita. A exemplo, uma arrancada aos 26 minutos a ganhar falta entre Piccini e Mathieu que quase deu o golo de Sérgio Oliveira no livre subsequente.

Ricardo: boa exibição do lateral direito dos portistas, quase manchada por um erro que podia ter dado o empate em cima do minuto 90, numa perda de bola perante Rúben Ribeiro. De resto, régua e esquerdo pelo seu corredor, a tapar tudo, do solo ao ar, sobretudo perante Acuña e nas progressões de Coentrão no terreno. De apetite aguçado no apoio ao ataque, protagonizou lances interessantes ante o compatriota, num duelo entre laterais que bem podem ser selecionáveis para o Mundial 2018. Um deles até deixou Coentrão caído no chão.

Brahimi: sempre imprevisível pelo flanco esquerdo, deu que fazer a Piccini e Ristovski no um para um. Esteve duas vezes perto do golo, só negado pelas saídas corajosas de Rui Patrício.