A FIGURA: Paulinho

Esteve diretamente ligado a quatro golos do Sporting. Assinou o segundo, o quinto e o sexto (!) golos dos leões. O primeiro, de forma simples; o segundo, com um cabeceamento portentoso; o terceiro, com uma fantástica execução de calcanhar. E o que dizer da assistência mágica, também de calcanhar, para o golo de Trincão mesmo a começar a segunda parte? Chegou aos nove golos em 2023/24, mostrando que, apesar da interrupção da notável sequência no arranque da época, continua com a mira afinada e, o que Ruben Amorim mais gosta, que é um jogador de equipa.

POSITIVO: adeptos do Dumiense

Fizeram perto de 370 quilómetros. Ida e volta, mais de 700. E estiveram à altura do espetáculo. Cantaram do primeiro até quase ao último minuto (serenaram quando viram o resultado dilatar-se), nunca parando de apoiar a equipa de Braga no momento mais especial da sua história. Após o jogo, voltaram a afinar as vozes, com cachecóis orgulhosamente erguidos. Deram muito nas vistas e não foi por terem sido os únicos naquele gigante anel superior do Estádio José Alvalade. Bravo!

OUTROS DESTAQUES

Nuno Santos: voltou à titularidade após ter sido preterido por Matheus Reis no dérbi com o Benfica. Apesar do jogo ter passado mais pelo corredor oposto, esteve nos dois golos que livraram o Sporting de qualquer sobressalto. Assistiu Neto para o 1-0 e bateu o canto que esteve na génese do segundo golo, da autoria de Paulinho. Na segunda parte somou o segundo passe para golo da conta pessoal, quando bateu o canto para o cabeceamento certeiro de Coates no 4-0. Depois de tanto oferecer, foi justo que lhe oferecessem também a oportunidade de bater aquele castigo máximo que terminou no 7-0 do Sporting.

Gyökeres: foi lançado em jogo pouco depois dos 60 minutos e teve participação direta nos três golos que o Sporting marcou daí para a frente. Assistiu Paulinho para o 6-0, sofreu o penálti que Nuno Santos converteu no 7-0 e assinou ele próprio o oitavo e último golo dos leões. Seja contra que adversário for, o sueco só sabe jogar de uma forma: em alta voltagem.

Neto: tal como Amorim havia prometido na véspera, o defesa de 35 anos foi titular na receção ao Dumiense. A Taça é repleta de belas histórias e esta, de Luís Carlos Novo Neto, também é uma delas. Ao 98.º jogo oficial com a camisola dos leões, estreou-se a marcar. Nas comemorações do golo, teve direito a batismo dos companheiros, com calduços. Há dez anos, então nos russos do Zenit, que o veterano futebolista não marcava um golo. Aos 49 minutos deu o corpo ao manifesto a um remate de Joel Marques que levava fogo. Compromisso.

Coates: na noite em que apanhou Anderson Polga no topo da lista dos estrangeiros com mais jogos com a camisola do Sporting, marcou um golo com a melhor arma que tem – a cabeça. Na primeira parte, no lance que acabaria por terminar no 2-0, ainda acertou no poste direito.

Hjulmand: segunda parte de elevado nível do médio dinamarquês. Eficaz na pressão alta e nos passes em progressão. Assistiu de forma primorosa Paulinho para o 5-0.

Diogo Ribeiro: deixou tudo em campo naquela batalha solitária com a defesa do Sporting. Lutou, conquistou espaços e ofereceu soluções aos companheiros. Faltou-lhe a recordação de um golo em Alvalade, mas pode ficar de consciência tranquila.