A FIGURA: VIKTOR GYÖKERES

Depois de ter ficado em branco (mas a jogar muito) na goleada sobre o Estoril, o sueco voltou aos golos nesta terça-feira. Foi ele a criar o desequilíbrio na jogada que terminou com o 1-0 de Pedro Gonçalves e assinou, de cabeça, o 3-0. Incapaz de abrandar, joga sempre da mesma forma: ligado à corrente, seja contra que adversário for, e sempre em cima do erro, seja ele não forçado ou forçado por ele mesmo. Como naquele 4-0, em que disparou para castigar um mau atraso de Lucas Mezenga. Chegou aos 20 golos nesta época e fica a interrogação se ficaria por aqui se não fosse substituído à hora de jogo. Ser um goleador chega e sobra para definir um grande avançado, mas Gyökeres é tão mais do que isso.

O MOMENTO: bis de Pote, minuto 16

O 1-0 pode ter servido para desbloquear o jogo, mas o 2-0 lançou definitivamente o Sporting para uma noite tranquila, na qual os homens de Ruben Amorim souberam gerir o jogo, mas recheá-lo também de bons momentos de futebol, como o lance que originou o 3-0 de Gyökeres e que podia ser perfeitamente o momento do jogo, pela simplicidade e beleza do desenho ofensivo dos leões.

OUTROS DESTAQUES

Pedro Gonçalves: voltou a baixar para o meio-campo, onde jogou à frente de Daniel Bragança. Teve muito (demasiado, até) espaço e fez a diferença, não só pelos golos que marcou, mas também pela qualidade nas outras ações. Não regressou com a equipa para a segunda parte. A batalha já estava ganha e Amorim precisará dele para outras mais duras.

Daniel Bragança: estava no caminho daquele passe disparatado do guarda-redes do Tondela, mas teve o mérito de ler bem a jogada e servir Pote de primeira para o 2-0. Recuperou várias bolas e distribuiu quase sempre com muito critério.

Rafael Pontelo: estreou-se nesta terça-feira oficialmente pelo Sporting e logo a titular. De uma perda de bola dele nasceu o remate do Tondela ao poste aos 9 minutos. Serenou com o avançar dos minutos e mostrou conforto com bola. Com pouco trabalho defensivo, na primeira parte ainda tentou a sorte num remate de meia-distância mal direcionado. Saiu ao intervalo.

Rui Gomes: o Tondela quase nunca foi uma equipa perigosa, mas quando conseguiu sê-lo, foi quase sempre o camisola 10 da equipa beirã a sobressair. Foi dele o remate ao poste esquerdo ainda com 0-0 no marcador e ainda na primeira parte, já com 2-0, teve um cabeceamento perigoso.