O crescimento de uma equipa também se vê nas missões mais simples. E nesta, que terminou com a vitória mais gorda do Sporting da era Ruben Amorim, isso foi notório.

Depois do choque com o Varzim na época passada e da vitória sobre o Olivais e Moscavide (distrital de Lisboa) só plenamente garantida nos instantes, finais, os leões arrasaram neste domingo o Dumiense em Alvalade por 8-0. Oito-zero.

As enormes debilidades do último classificado da Série A do Campeonato de Portugal explicam muito sobre o resultado; mas a seriedade do Sporting também.

FILME E FICHA DE JOGO

Do onze inicial da derrota no dérbi com o Benfica há duas semanas, Amorim manteve apenas quatro jogadores: Coates, Matheus Reis, Ricardo Esgaio e Hjulmand.

E o leão esfolou depois da Luz.

Na primeira parte, jogou em velocidade cruzeiro antes e depois do golo inaugural de Luís Neto ainda nos minutos iniciais. Esse momento colocou a nu a primeira de muitas debilidades do Dumiense: a bola parada. E o 2-0 de Paulinho, pouco antes da meia-hora, confirmou-a.

Se a equipa de Braga conseguiu resistir nos primeiros 45 minutos, também por culpa de um Sporting mais previsível ofensivamente e que procurou canalizar quase todo o jogo pelo flanco direito de Geny Catamo, a segunda parte foi bem diferente desde que o árbitro apitou para o reatamento do jogo.

Os leões foram mais dinâmicos, mais rápidos na circulação de bola e mais imprevisíveis. E, com isso, as fragilidades da modesta equipa do Campeonato de Portugal tornaram-se ainda mais evidentes.

O 3-0 de Trincão mostrou-o e as entradas de Edwards e, mais tarde, de Gyökeres, só acentuaram as diferenças tremendas entre David e Golias.

Na noite em que se tornou no estrangeiro com mais jogos na história do Sporting – a par de Anderson Polga – Coates fez o 4-0 de cabeça, como Paulinho faria o quinto ainda antes da hora de jogo se fechar para depois assinar o sexto de calcanhar a passe de Gyökeres.

Na vitória mais gorda da era Ruben Amorim houve de quase tudo: a estreia de Neto a marcar, um hat-trick de Paulinho, um cruzamento de Hjulmand do corredor lateral para golo e até um penálti assumido por Nuno Santos para o 7-0.

E, claro, o golo de Gyökeres a fechar, porque, tal como um golo do sueco era provável, era previsível que esta noite podia terminar assim.

Houvesse seriedade.