* Por Raul Caires

O Desportivo de Chaves apurou-se este domingo para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal após vencer por 1-0 no terreno do União da Madeira, num jogo que ficou marcado por muita luta de parte da parte e por um interrupção que durou cerca de 25 minutos, em consequência de uma bátega de água, acompanhada por vento forte, que se abateu sobre a Ribeira Brava.

A equipa de Jorge Simão criou o primeiro lance de perigo logo aos 2 minutos, quando o argentino Battaglia, já na grande área, rematou quase sem oposição para defesa atenta do veterano guardião Nilson.

O União tentou reagir, mas a defesa flaviense, sempre muito lesta a reposicionar-se no terreno, foi travando as investidas da equipa da casa. O jogo entrou então numa fase de muita luta a meio campo e com ambas as equipas a revelarem alguma dificuldade em construir lances de perigo junto das balizas adversárias.

Foi com alguma monotonia que começou a imperar um jogo de parada a resposta que acabava sempre controlado nas defesas. A meia distância, quando havia espaço para tal, tornou-se na arma de recurso de ambas as equipas. Aos 26’, Battaglia disparou do meio da rua, ou a uns bons 30 metros, e levou a bola a embater na barra da baliza de Nilson, que se esticou todo mas não poderia ter feito mais do que isso.

O melhor lance do União dispôs antes do intervalo aconteceu aos 37', através de um livre directo em zona frontal, mas a bola passou por cima da barreira e foi à figura de António Filipe, que segura sem problemas.

No regresso dos balneários, o empate “agradava” aos dois técnicos, pelo que regressaram ao terrenos as mesmas equipas. O que mudou foi mesmo a meteorologia. Cerca de dois minutos depois do reatamento, vinda do nada, uma descomunal bátega de água abateu-se sobre o Complexo Desportivo da Madeira. E quando as cerca de duas centenas de adeptos já haviam virado as costas ao jogo para fugir à chuva que caía de lado por força do vento, o árbitro Hugo Miguel a interrompeu o jogo.

A partida esteve para não ser reatada, tal a quantidade de água que caiu durante um bom quarto de hora. Mas 25 minutos depois, a chuvada tornou-se em chuviscos e a equipa de arbitragem decidiu que havia condições para retomar o jogo.

Como era de esperar, o terreno de jogo ficou em piores condições, situação que ajudou a reforçar a toada de jogo: muita luta a meio campo. Mas o Chaves entrou decidido a arriscar mais – já o tinha feito na etapa inicial – e a aposta surtiu efeito aos 61’. Num lance de contragolpe rápido, Battaglia deu de calcanhar para Nelson, na esquerda, que depois encontrou Perdigão solto no centro da grande área.

Em desvantagem, o União arriscou mais, tendo Filipe Rocha chegado a jogar com dois pontas de lança, mas a única oportunidade de golo, aos 62’, por intermédio de Mica, aos 62’, encontrou um António Filipe à altura.

Até ao final da partida, o jogo manteve-se sob controlo do Chaves, que beneficiou das péssimas condições do terreno, sendo de salientar que o União, apesar de nunca ter atirado a toalha ao solo, apenas conseguiu rematar uma vez à baliza flaviense.

FICHA DE JOGO

Estádio do Centro Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava Espectadores:

Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa

Assistentes: Nuno Roque e Bruno Jesus

Quarto árbitro: Anzhony Rodrigues

União: Nilson; Allef, Ruben Lima, Porcellis, Tiago Moreira, Jaime, João Caminata (Talles, 65’), Ryan (Kwame Nsor, 73’), Rodrigo Henrique, Mica (Rafael Barbosa, 84’), Gian.

Treinador: Filipe Rocha

Suplentes não utilizados:Tony, Carlos Manuel, Kusunga, Marco Túlio, Nuno Viveiros.

Chaves: António Filipe; Paulinho, Fábio Santos (Carlos Ponck, 42’), Assis, Rafa, Perdigão (Fábio Martins, 84’), Battaglia, Hamdou (William, 56), Nélson, Braga, Freire.

Treinador: Jorge Simão

Suplentes não utilizados: Vukcevic, Patrão, Ricardo, Pedro Queirós.

GOLOS: Perdigão (61’)

Disciplina: Freire (27’), Aleff (49’) e Rafa (90’), Rodrigo Henrique (90+2’)