O Vilar de Perdizes, adversário do FC Porto na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, tem disputado os seus jogos na condição de visitado em casa emprestada em 2023/24 e o mesmo vai acontecer frente aos azuis e brancos, na prova rainha, confirmou o presidente do clube que atua no Campeonato de Portugal, Márcio Rodrigues.

As receções ao Portosantense e Montalegre para o campeonato, bem como ao Vasco da Gama Vidigueira, na Taça, foram no Complexo Desportivo Francisco Carvalho, em Chaves, porque a casa do Vilar de Perdizes «não tem as medidas oficiais exigidas», segundo o dirigente de 36 anos, que não escondeu também a emoção por ver o clube que preside desde 2010 receber um dos ditos grandes do futebol português.

«São muitos anos de dedicação, com apenas 36 anos lidero o clube desde 2009/10. Começámos com um campo pelado e felizmente temos um campo sintético, mas não tem as medidas oficiais exigidas, não podemos jogar já o Campeonato de Portugal, por isso é impossível jogar o jogo da Taça em Vilar de Perdizes. Aí sim, seria a essência do futebol português, levar o FC Porto a uma aldeia raiana, à aldeia mais mística de Portugal, onde seriam recebidos pelo nosso místico Padre Fontes», começou por dizer, em declarações ao Canal 11.

«Agora temos muito trabalho a fazer, arranjar primeiro onde jogar, porque nós não temos casa, andamos com a casa às costas. Que isto seja um alerta para quem tem responsabilidades, têm de dar-nos outro tipo de condições, porque por todo o trabalho que temos vindo a fazer, acho que merecemos», referiu Márcio Rodrigues, sem esconder que preferia apanhar um grande mais tarde na Taça… e jogando fora.

«Primeiro escolhia jogar com uma equipa mais acessível e passar e, depois, jogar com um grande e jogar no estádio de um grande. Porquê? Como não tenho estádio onde jogar, poupava o trabalho de ter de arranjar um estádio, condições para a televisão… Mas sim, claro que entre o FC Porto e o Benfica seria o desejo, porque são os clubes mais representativos de adeptos em Portugal e na nossa região, mas digo isto, não com hipocrisia, mas com frontalidade. Quem me conhece, sabe que tenho um carinho especial pelo presidente Pinto da Costa, revejo-me na sua liderança, paixão e luta. Acho que foi perfeito», rematou.