FIGURA: André Micael
O bombeiro de serviço, a servir de oxigénio perante o sufoco dos azuis e brancos. Evidenciou-se, essencialmente, pela quantidade de cortes que fez, mas também pela importância de alguns deles para manter a baliza do conjunto de Moreira de Cónegos a zeros. O FC Porto bem tentou, esteve várias vezes em zona perigosa, mas aparecia constantemente o central a cortar. O capitão puxou dos galões na retaguarda e susteve a pujança portista na primeira parte. Menção honrosa também para os restantes elementos da defesa cónega, com um jogo muito voluntarioso.

MOMENTO: golo de Geraldes (49')
Jogada com todos os ingredientes por parte do Moreirense. Triangulação na esquerda a deixar Rebocho com espaço no interior da área. O lateral esquerdo não caiu na tentação de despachar a bola de imediato no coração da área, Roberto aproximou os centrais azuis e brancos de Josué Sá e Francisco Geraldes posicionou-se em carreira de tiro. Rebocho fez o passe atrasado e Geraldes respondeu afirmativamente com o remate seco, de primeira, a fazer história para o Moreirense. Golo a coroar uma exibição esforçada.

A Crónica do Moreirense-FC Porto: história minhota e horror portista

OUTROS DESTAQUES

Makaridze
Prestação segura do georgiano do Moreirense. Muito ativo, em virtude do maior caudal ofensivo do FC Porto, o guarda-redes fez vários encaixes sem facilitar, evitando expor-se ao erro. Grande estirada aos dezoito minutos a travar um remate à entrada da área de André André com uma defesa de grande nível.

Brahimi
Principal fantasista da equipa que viajou desde a Invicta até Moreira de Cónegos. Longe ter feito uma exibição de encher o olho, o argelino teve capacidade para provocar desequilíbrios. Acabou expulso, a cinco minutos dos noventa ao ver o segundo cartão amarelo na sequência de um lance com Cauê.

Neto
Jogo de luta, muitas vezes na sombra e sem dar nas vistas. Na fase em que o FC Porto foi dono e senhor do jogo, o brasileiro foi dono e senhor de uma capacidade impressionante, a jogar sem bola na cobertura de espaços e limpar miolo. Jogo com muita dose de esforço e dedicação no setor intermediário.

Óliver Torres
Foi o epicentro o jogo portista, cotando-se como um dos principais responsáveis pela boa primeira parte dos dragões. Importante na pressão alta da equipa do FC Porto e criterioso a fazer fluir o futebol dos azuis e brancos. Perdeu preponderância com as incidências e com o pouco futebol praticado na segunda metade.