Faltou arte ao Moreirense e sobressaiu um Gottardi inspirado na baliza do Nacional no jogo da segunda ronda do grupo B da Taça da Liga. Os dois emblemas do principal escalão do futebol português mediram forças no Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, não conseguindo desfazer o nulo.

Empate penalizador para o Moreirense que, essencialmente na primeira metade, foi mais equipa e atirou duas bolas aos ferros da baliza insular. O conjunto de Miguel Leal esteve claramente por cima e viu o Nacional rematar à baliza apenas no segundo tempo. Este resultado deixa as contas do grupo em aberto para a última jornada para o jogo entre o Moreirense e o Benfica. Apesar de ter somado o primeiro ponto na competição, o Nacional está fora da próxima fase.

FILME E FICHA DE JOGO

Num jogo típico de Taça da Liga, disputado a um ritmo baixo, os técnicos dos dois emblemas da Liga apresentaram onzes bem distintos daqueles que costumam atuar no campeonato. Fábio Espinho estreou-se com a camisola dos Cónegos no regresso ao Moreirense, já Manuel Machado estreou o reforço Román e ainda deu os primeiros minutos a Mauro.

Intenções moreirenses ao ferro

Os primeiros quarenta e cinco minutos praticamente tiveram sentido único com o Moreirense a assumir as despesas do jogo, sendo a única equipa a revelar interesse pelos três pontos em disputa. Até ao intervalo a equipa madeirense não fez qualquer remate à baliza de Nilson, enquanto que o Moreirense enviou duas bolas ao ferros.
 
A primeiro logo aos dezassete minutos na sequência de um pontapé de canto. Rafa Sousa cabeceou com convicção e obrigou o Gottardi a fazer um voo aparatoso para desviar a bola para a barra.
 
Mesmo a um ritmo baixo, os cónegos colecionaram ataques e impuseram-se com facilidade a um Nacional inoperante. À passagem da meia hora foi Boateng a atirar aos ferros da baliza insular. O ganês rematou de forma violenta descaído para a direita e fez o poste estremecer num lance em que o guarda-redes brasileiro do Nacional estava batido.
 
De resto, o guardião de 30 anos do Nacional foi o elemento mais interventivo da equipa que viajou desde a ilha da Madeira, travando o inegável maior ímpeto do Moreirense. Em cima do intervalo assinou mais uma intervenção quase que milagrosa levando o nulo para o período de descanso.
 
Monotonia depois do descanso
 
A coleção de defesas continuou no segundo tempo. Logo nos instantes iniciais Gottardi fez a mancha quando Fati lhe apareceu isolado pela frente. Parecia registar-se a mesma toada do primeiro tempo, mas o Nacional apareceu mais espevitado para os segundos quarenta e cinco minutos.
 
Mais que não seja porque consegui visar a baliza de Nilson. Bonilha fez o primeiro remate insular de todo o jogo aos 51 minutos, fazendo a bola passar junto ao poste ao chutar de fora da área.
 
Um remate sem grande seguimento, uma vez que o Nacional pouco mais foi capaz de fazer em termos ofensivos. Os insulares melhoraram, deram menos espaço ao Moreirense e manietaram a construção e jogo da equipa da casa, tornando o jogo muito monótono, sem velocidade e sem lances de perigo.
 
A dez minutos do final o Nacional ainda deu mais um ar da sua graça, com Bonilha a aparecer em posição privilegiada para desfazer o nulo. O médio tentou bater Nilson, mas o guarda-redes desviou para canto com uma defesa por instinto.
 
O apito final do árbitro Jorge Ferreira pôs um ponto final na monotonia que foi presenciada por meio milhar de espectadores em Moreira de Cónegos. O estatuto das duas equipas prometia mais do que aquilo que os conjuntos de Miguel Leal e Manuel Machado demonstraram. Ainda assim, o empate mantém o Moreirense nas contas do grupo. O Nacional da Madeira ainda tem um jogo pela frente, com o Oriental, mas já nada pode fazer. As contas fazem-se entre o Moreirense e o Benfica.