Figura: Cervi fez esquecer ausência de Pizzi

O jovem argentino chega ao final do ano como um dos jogadores em melhor forma no Benfica e isso esteve em evidência esta noite, com o extremo a encher o campo. Começou a jogar sobre a esquerda, mas foi muitas vezes ao centro fazer o papel de Pizzi, abrindo linhas de passe e criando desequilíbrios na defesa do Paços. Foi precisamente da zona central que marcou o golo solitário do jogo, numa recarga a um primeiro remate de Gonçalo Guedes. Um golo que permite a Cervi fazer o pleno e marcar em todas as competições, depois de já ter marcado golos na Supertaça, Taça de Portugal, Liga e Liga dos Campeões.

Momento: o golo de Cervi

O Benfica tinha entrado no jogo a todo o gás, mas a verdade é que só chegou ao golo já perto do intervalo, numa altura em que o Paços tinha começado a equilibrar o jogo. Grande passe de Rafa a lançar André Almeida que cruza atrasado para um primeiro remate de Gonçalo Guedes. Miguel Vieira cortou sobre a linha de golo e Cervi, sempre no sítio certo, atirou a contar.

Outros destaques: confira a FICHA DO JOGO

Mário Felgueiras

Grande noite do guarda-redes do Paços. Começou a brilhar com uma defesa espetacular a uma bomba de Gonçalo Guedes. Logo a seguir voltou a dar nas vistas com uma saída arrojada aos pés de Rafa. No lance do golo, não teve hipóteses, mas na segunda parte voltou a ser decisivo com mais uma defesa difícil a mais um remate de Guedes.

Jardel

Noite tranquila para Jardel que foi titular pela terceira vez esta temporada. Uma reedição da «velha» dupla com Luisão que ainda não tinha atuado esta época. Jardel tinha feito apenas dois jogos antes deste [Benfica-Arouca, 2-1; Real-Benfica, 0-3) e jogou sempre ao lado de Lisandro López. Teve pouco trabalho a defender, mas destacamos uma dobra a Luisão que permitiu desarmar Ricardo Valente e uma subida à área do Paços em que ficou a centímetros de marcar de cabeça.

Celis

Foi apenas o segundo jogo como titular esta época, depois da estreia frente ao 1º Dezembro, na Taça de Portugal. Tirando estes dois jogos, o jovem médio colombiano tinha acumulado apenas 48 minutos dispersos por mais quatro jogos. Muito pouco para fazer uma avaliação honesta, mas esta noite já foi possível ver mais do colombiano. Ficou com o papel ingrato de substituir Pizzi. Ficou evidente que não tem a mesma capacidade para romper do que o português, mas tem bons pés e uma boa leitura de jogo para, mais recuado, quase sempre ao lado de Fejsa, alimentar uma elevada posse de bola, fazendo rolar a bola de flanco para flanco.

Francisco Afonso

Foi a grande surpresa no onze de Vasco Seabra, entrando para o lugar de Bruno Sousa, para a defesa do flanco direito. Uma noite de muito trabalho para suster as sucessivas investidas de Cervi, Jiménez e Gonçalo Guedes, mas a verdade é que, nos intervalos, o lateral foi dos poucos que conseguiu sair a jogar e, desta forma, dar início a contra-ataques do Paços.