O Sporting bateu o Varzim, somou a segunda vitória na Taça da Liga e está, agora, em posição privilegiada para garantir a qualificação para a Final Four quando visitar o Bonfim no último jogo desta fase. Uma bela despedida dos leões de 2016, com Gelson Martins, em noite endiabrada, a valorizar uma grande exibição com um grande golo que abriu caminho para a vitória dos leões.

Confira a FICHA DO JOGO

O Sporting entrou no jogo a todo o gás, com uma ala esquerda renovada, em relação ao triunfo sobre o Belenenses, com Bruno César e Joel Campbell a renderem Jefferson e Bryan Ruiz, juntando ainda Castaignos a Bas Dost para uma dupla holandesa na frente de ataque. Mas cedo se percebeu que as atenções iam estar mais concentradas sobre o flanco direito, onde Gelson Martins, em noite inspirada, começava a partir tudo que lhe aparecia pela frente.

Foi com base neste impulso do jovem extremo que os leões conseguiram impor um ritmo forte logo após o primeiro apito de Bruno Paixão, com uma elevada posse de bola e facilidade em explorar os flancos, com Campbell também a oferecer boa dinâmica no lado contrário.

Boa dinâmica, velocidade e profundidade, mas faltava espaço na área para os holandeses visarem a baliza de Paulo Vitor. Os leões carregavam por todos os lados, mas Adrien foi o único a atirar à baliza do brasileiro, com um remate fora da área, mas a bola passou por cima da trave. Mas voltemos a focar o jogo na ala direita, onde Gelson continuava endiabrado, com a bola colada nos pés, a fazer gato e sapato do pobre do Delmiro. Era dali que o golo parecia mais próximo e foi dali que de facto chegou, aos 19 minutos. Ricardo Esgaio tentou investir até à linha de fundo, mas encontrou oposição e passou a vez a Gelson que, com uma mudança de velocidade surpreendente, deixou Delmiro nas costas antes de disparar uma bomba indefensável para Paulo Vitor.

O estádio acordou e os leões ficaram ainda mais motivados para tentar matar o jogo nos minutos que se seguiram, com uma série de oportunidades, quase sempre com Gelson como protagonista com destaque para um cruzamento que nem Castaignos, ao primeiro poste, nem Bas Dost, no segundo, conseguiram transformar no segundo golo. Pelo meio, Villagrán, com um remate do meio da rua, ainda fez subir a tensão de Beto, mas de resto o Varzim pouco mais fez do que tentar travar o ímpeto dos leões. A verdade é que a equipa da Póvoa, bem organizada em termos defensivos, conseguiu chegar viva ao intervalo, com apenas um golo de diferença e determinada a lutar pelo empate.

Não era noite para se ouvir ACDC em Alvalade

O Sporting procurou nova entrada forte no jogo, mas os holandeses continuavam a chegar atrasados às bolas de Gelson e Campbell. Jorge Jesus aproveitou a lesão de Adrien para lançar Elias e abdicar de Castaignos que pouco tinha acrescentado a este jogo para oferecer mais classe à equipa com a entrada de Bryan Ruiz que encostou à esquerda, «empurrando» Campbell para o lado de Dost.

A segunda parte foi praticamente de sentido único, com o Varzim a conseguir, apenas a espaços, escapar ao sufoco para rápidos contra-ataques, mas sem incomodar Beto. A verdade é que o jogo concentrou-se junto à área de Paulo Vitor num festival de oportunidades perdidas, com o guarda-redes do Varzim muitas vezes aos papéis. Bas Dost bem procurou oferecer tranquilidade à equipa com um segundo golo que nunca chegou.

A verdade é que com apenas um golo, o Sporting soma mais três pontos e vai, agora, ao Bonfim, em vantagem para chegar à Final Four que está marcada para o final de janeiro.Ao Varzim resta vencer o Arouca, a única equipa neste grupo já sem hipóteses de qualificação, e aguardar por um delize dos leões em Setúbal, mas mesmo neste caso terá de conjugar uma melhor diferença de golos.