A figura: Pizzi
Belíssima exibição do camisola 21 do Benfica, de novo colocado na zona central, na posição que já foi de Enzo. Inaugurou o marcador de grande penalidade e sem grandes preocupações defensivas, até pela superioridade numérica do Benfica, assumiu-se como o cérebro da equipa no ataque. Esteve perto de marcar um grande golo pouco depois do penálti (34m), e na fase final do encontro brilhou com dois passes fantásticos que deram origem aos golos de Salvio e Jonas.
 
O momento: minuto 29
É incontornável a influência de um lance no desenrolar do encontro. Pizzi descobriu Maxi no lado direito do ataque e o uruguaio cruzou tenso para a área. Derley deixou a bola passar, pressionado por Miguel Oliveira, e nas costas apareceu Rui Fonte para a conclusão, mas derrubado por Dabó acabou por atirar por cima. Bruno Esteves apontou para a marca de grande penalidade e expulsou o lateral direito arouquense. O Benfica adiantou-se no marcador, por Pizzi, e jogou mais de uma hora em superioridade numérica.
 
Maxi Pereira
Sobretudo na primeira parte foi o elemento que incutiu alguma irreverência no ataque do Benfica, tentando iludir a organização defensiva do Arouca. O principal exemplo disso é o lance da grande penalidade, que surge na sequência de um movimento de rutura na direita, e depois um cruzamento tenso que Fonte se preparava para encostar para a baliza quando foi derrubado por Dabó. Antes já tinha atirado à malha lateral, na sequência de um canto, e na segunda parte continuou a ser um elemento muito ativo no ataque. Gestão de esforço é um termo que não conhece.
 
Salvio e Jonas
Elementos habitualmente titulares, foram lançados por Jorge Jesus ao intervalo, para os lugares de Gonçalo Guedes e Rui Fonte, e acentuaram as dificuldades do Arouca, mesmo com o jogo praticamente resolvido. Na parte final do encontro acabaram ambos por marcar, formando a goleada encarnada.
 
Rui Fonte
Estreia absoluta na equipa principal do Benfica, e logo com estatuto de titular. Não jogava há mais de um mês, devido a lesão, mas ainda assim a resposta foi claramente positiva, ainda que Jorge Jesus tenha optado por tirá-lo ao intervalo (não foi pelo rendimento, certamente). O treinador encarnado já disse que vê Rui Fonte sobretudo como segundo avançado, e foi nessa posição que o colocou. O melhor marcador da II Liga procurou muito as tabelas na zona central do terreno, e esteve bem nesse capítulo, a jogar de costas para a baliza. Esteve, de resto, envolvido nos dois golos da primeira parte, com destaque para a grande penalidade sofrida, e que deu origem ao primeiro tento, marcado por Pizzi, e ainda à expulsão de Dabó.
 
Gonçalo Guedes
Terceiro jogo pela equipa principal mas estreia a titular. Saiu também ao intervalo, mas gerou alguns momentos de entusiasmo nas bancadas. Jogou preferencialmente no flanco direito, embora por vezes trocando com Sulejmani, e esteve claramente melhor do que o sérvio na primeira parte.
 
Sílvio
Regresso à competição após nove meses de ausência, devido a lesão. Exibição tranquila, sem grandes sobressaltos defensivos, mas também sem «pulmão» para intervir muito no ataque, como seria de esperar dada a falta de ritmo competitivo.
 
Sulejmani
Estreia a titular esta época, mas com uma prestação muito discreta. Embrulhou demasiado o jogo, sobretudo na primeira parte, e não conseguiu grandes momentos de destaque. No segundo tempo acabou também por revelar a inevitável quebra física.
 
Rui Sacramento
Saiu da Luz com quatro golos sofridos mas não teve responsabilidade em nenhum, e em dois ou três lances ainda evitou outros dissabores com boas intervenções. Destaque sobretudo para uma no início da segunda parte, após cabeceamento de Jonas.