O Benfica marcou lugar para a sua sétima final na Taça da Liga ao bater o Sp. Braga no Estádio da Luz por 2-1, mas teve de ir buscar Jonas ao banco de suplentes para virar o resultado depois de Rafa ter aberto o marcador com um grande golo na primeira parte. O brasileiro entrou ao intervalo e levou a equipa às costas com um golo e uma assistência diante de um adversário que, com menos soluções, acabou por acusar desgaste físico. Noite feliz para Rui Vitória que alcançou os seus objetivos, continua com dois títulos à mercê e, em simultâneo, poupou a maior parte dos titulares para o jogo com o Marítimo que também pode abrir as portas do título na liga.

Confira a FICHA DO JOGO

O Benfica, novamente sob o comando do capitão Luisão, entrou forte, autoritário, a pressionar alto e a intimidar o Sp. Braga que, nos primeiros minutos, cometeu erros atrás de erros e não conseguia sair a jogar com a bola controlada. Apesar das muitas alterações em relação ao onze que tem jogado na Liga, com apenas três habituais titulares – Ederson, Lindelof e Renato Sanches – a equipa de Rui Vitória até conseguiu manter-se fiel aos seus princípios, assumindo, desde logo, a condução do jogo, com Renato Sanches e Samaris a mandarem no meio-campo e os laterais a subirem bem pelas alas.

O Sp. Braga, por seu lado, entrou nervoso. Logo a abrir, Matheus atrapalhou-se perante a pressão de Jiménez, mas recuperou. Logo a seguir, André Pinto cedeu o primeiro canto do jogo. Com apenas dois minutos de jogo, a equipa minhota tremia por todos os lados, perante um Benfica bem adiantado no terreno, com forte pressão sobre o detentor da bola e marcação cerrada a todos os outros. O Braga bem tentava serenar o jogo, evitando os pontapés longos e procurando sair a jogar de pé para pé, mas era rapidamente desarmado e tinha de retornar rapidamente ao modo defensivo.

Apesar da forte pressão, o Benfica não conseguia imprimir velocidade no último terço, onde o Braga defendia com duas linhas bem cerradas. A primeira oportunidade, aos 14 minutos, surge num cruzamento largo de Carcela da esquerda e cabeçada de Salvio junto ao segundo poste. Logo a seguir, quando menos se esperava, o Sp. Braga chegou ao golo, num livre, sobre a esquerda, que parecia inofensivo. O Benfica também terá interpretado o lance dessa forma, porque esqueceu-se de Rafa. Djavan tocou curto e o médio rematou em arco, para o segundo poste, sem hipóteses para Ederson. O Benfica acusou o golo e demorou a recompor-se, diante de um Sp. Braga agora bem mais confiante daquele que tinha começado o jogo.

Até ao intervalo jogou-se muito pouco, com faltas de parte a parte a obrigar a constantes interrupções. Wilson Eduardo teve mais uma oportunidade, e Jiménez também, com um remate que sofreu um desvio em André Pinto e obrigou Matheus a aplicar-se junto ao relvado. De resto, apenas remates de muito longe de Sílvio, Renato Sanches e Grimaldo, sem problemas para Matheus.

Jonas entra e resolve

Rui Vitória precisava de mais poder de fogo e não esperou mais tempo para lançar Jonas, abdicando de Renato Sanches e recuando Talisca. O Benfica voltou a entrar mais forte, diante de um Braga recolhido, mas continuava a precisar de velocidade e, poucos minutos depois, Rui Vitoria lançou também Gonçalo Guedes para o lugar de Salvio [continua longe, muito longe do que já demonstrou]. Logo a seguir, chegou o empate. Bom movimento de Carcela, na zona central, a destacar Jonas que, com apenas Matheus pela frente, atirou a contar. Um golo com efeito contrário ao do primeiro. O Benfica empolgou-se e voltou a encostar o Braga às cordas, com uma pressão constante. Carcela cresceu a olhos vistos, Gonçalo Guedes também correspondeu e o Benfica ganhava asas. Agora até aparecia Grimaldo em sucessivos dribles na área do Braga.

O marroquino voltou a aparecer na zona central com mais um passe de morte, desta vez para Jiménez receber no peito e rematar à meia volta, mas Jonas, guloso, atrapalhou o remate do mexicano que saiu ao lado. O Braga voltava a exibir os mesmos tiques do início do jogo, não conseguia fazer mais de dois passes consecutivos antes de perder a bola. Mas faltava o maior de todos os erros. Num passe longo de Jonas, Matheus saiu de entre os postes para se antecipar a Jiménez, mas passou em carrinho pela bola e deixou-a à mercê do mexicano que, desta vez, com a baliza totalmente à disposição atirou a contar. Estava consumada a reviravolta, com dupla assinatura de Jonas: um golo e uma assistência.

Ainda faltavam vinte minutos para o final, mas o Sp. Braga, a equipa com mais jogos em Portugal e com menos soluções do que o Benfica, ia acusando o esforço físico e, agora que precisava de pernas, continuava a sentir dificuldades para sair a jogar, mas, num lance de bola parada, Josué ficou a centímetros do empate, num livre colocado que levou a bola às malhas laterais. Logo a seguir, Rui Vitória arrumava o jogo com a entrada de Fejsa, restabelecendo um equilíbrio que o Braga, cada vez mais desgastado, já não conseguiu desmontar.

O Benfica garantiu, assim, a sua sétima final nesta competição, mais uma vez, tal cmo na época passada, frente ao Marítimo.