Nona meia-final consecutiva do Benfica na Taça da Liga. Os encarnados voltaram a vencer em Guimarães (0-2), desta feita com dois golos de Gonçalo Guedes e arrumaram com as contas do Grupo D da Taça da Liga, marcando encontro com o Moreirense nas meias-finais. A questão voltou a ser resolvida na primeira parte, com o conjunto de Rui Vitória a revelar novamente eficácia e competência nos momentos certos.

Manteve-se o palco e os emblemas, os onzes sofreram muitas alterações em relação ao jogo da Liga, mas o guião manteve-se praticamente inalterado. Dois golos marcados num curto espaço de tempo ainda na primeira parte e capacidade para depois gerir a vantagem alcançada.

FILME E FICHA DE JOGO

Do lado do Vitória mantiveram-se penas cinco elementos no onze comparativamente com o jogo do último sábado, sendo Bruno Gaspar, Pedrão, João Pedro, Raphinha e Soares os sobreviventes. Se Pedro Martins fez muitas alterações, Rui Vitória promoveu uma autêntica razia no onze. Sem uma unidade fixa o ataque, mantiveram-se os laterais Nélson Semedo e André Almeida e ainda Pizzi no centro de terreno.

Seis minutos a fundo na direita

Em jogo estava o passaporte para a Final Four da Taça da Liga, a disputar no Algarve, sendo que ao Benfica bastava o empate, enquanto que ao Vitória apenas o triunfo interessava. Talvez por isso, o conjunto de Pedro Martins precisou de poucos segundos, leu bem, segundos, para criar perigo. Jardel ainda fez o corte na sequência de um pontapé de canto, mas o esférico quase ficava à mercê de Soares para virar a lógica ao contrário.

Mudaram muitos intervenientes, manteve-se a tendência com o Benfica a ser letal no aproveitamento das oportunidades, quase sempre com o lado direito a carburar. O primeiro dos encarnados foi apontado aos 34 minutos, com Pizzi a solicitar a entrada de Nélson Semedo pela direita e o lateral direito a cruzar atrasado, junto à linha de fundo, para Gonçalo Guedes abrir o ativo e simplificar ainda mais a tarefa da equipa benfiquista.

DESTAQUES DO JOGO

Apenas seis minutos volvidos, jogada tirada a papel químico e o jogo ficou praticamente sentenciado. Desta vez foi Carrillo a ir à linha, com o passe atrasado a encontrar novamente um Gonçalo Guedes no coração da área pronto para destilar o veneno encarnado e bisar no encontro.

Para trás fica um momento em que Miguel Silva brilhou entre os postes e impediu que a vantagem do Benfica se começasse a construir mais cedo. Pizzi esteve na marca dos onze metros logo aos dez minutos, mas permitiu a defesa ao jovem guarda-redes vitoriano, não aproveitando a falta cavada por Rafa, invariavelmente no corredor direito.

Muito coração, pouca razão na resposta

Hurtado e Hernâni foram apostas de Pedro Martins logo ao intervalo. O técnico do Vitória não quis entregar as armas e, apesar do cenário completamente adverso, apostou em dois dos elementos que têm sido preponderantes na equipa nos últimos jogos.

O jogo passou a ter quase que caminho único, a manobra ofensiva do Benfica ficou entregue a lançamentos rápidos para os velocistas da frente. É verdade que o V. Guimarães teve muito coração, mas faltou clarividência e, sobretudo, argumentos para importunar Júlio César.

O evoluir do cronómetro foi diminuindo as possibilidades de resposta por parte da equipa da casa, com o Benfica a demonstrar uma vez mais uma enorme capacidade para gerir a vantagem sem se expor em demasia em sem correrias desenfreadas, mesmo perante um adversário aguerrido.

Voltou a valer a eficácia encarnada na Cidade-Berço, com o Benfica a vencer o Vitória com uma grande dose de frieza e pragmatismo nos momentos-chave do encontro. Seis minutos a fundo, pela direita, carimbaram uma passagem quase que imaculada da equipa de Rui Vitória na Taça da Liga. Três jogos, três triunfos, sete golos marcados e nenhum encaixado.