Com uma segunda parte bem mais conseguida, o Nacional conseguiu carimbar a passagem para a próxima eliminatória da Taça de Portugal, perante um Padroense que deixou uma excelente imagem na Choupana. Os comandados de Augusto Mata jogaram o jogo pelo jogo e conseguiram fazer tremer o conjunto da I Liga. Só em tempo de descontos é que os locais ficaram descansados (4-2).

Perdidos na chuva e no nevoeiro. Um relvado muito pesado e poucas ideias. O Nacional chegou ao intervalo em desvantagem frente ao Padroense e com justiça, diga-se. Os homens de Augusto Mata mostraram que são uma equipa bem organizada e atrevida no contra-ataque. Aos 32 minutos chegaram ao golo por intermédio de Bruno que após uma primeira defesa de Bracalli, meteu a bola na baliza alvinegra de cabeça.

Até então, os madeirenses dominavam, mas sem perigo, com excepção de um livre apontado por Bruno Amaro (31m) que Marco defendeu sem problemas. E após o golo, os pupilos de Jokanovic acusaram e muito este facto. Foi a desorientação total, com perdas de bolas incríveis. Foi mesmo a turma visitante que esteve mais perto de aumentar a vantagem aos 38 e 41 minutos, mas Mariano (rematou mal de primeira) e Daniel (Bracalli defendeu bem um livre) conseguiram aumentar a vantagem.

O intervalo trouxe um conjunto nacionalista mais lutador, mas ainda pouco inspirado. Só ao minuto 58 é que Mihelic após um bom passe de Mateus, obrigou Marco a uma boa defesa a um remate forte do esloveno. Os homens de Matosinhos perderam uma boa situação aos 62 minutos, com Silva a não conseguir cabecear após um bom cruzamento de Paulinho na direita. E já diz o ditado: quem não marca, sofre. E assim foi. Um bom trabalho de Mateus colocou a bola no fundo da baliza de Marco.

Animados pelo empate, os locais desperdiçaram uma grande situação por Orlando Sá que isolado atirou ao lado. Mas num lance de contra-ataque, Felipe Lopes isola-se e é derrubado por Ramalho. Orlando Sá não perdoa desta feita, embora Marco ainda tenha adivinhado o lado do remate.

Marcão empata e Felipe Lopes carimba triunfo

Com os visitantes a quebrar fisicamente, Orlando Sá desperdiçou num contra-ataque a oportunidade ¿matar¿ a partida falhando um chapéu aos 70 minutos. A turma de Matosinhos com as substituições operadas, arregaçou as mangas e ganhou novo fôlego. André Simões viu Bracalli negar-lhe o golo, mas o empate chegou mesmo aos 75, com um grande lance de Silva que ganhou a tudo e todos em velocidade, cruzando com conta peso e medida para a cabeça de Marcão que fez o segundo do Padroense.

Já se pensava num prolongamento, quando Nuno Pinto marcou bem um livre na direita e Felipe Lopes foi lá à frente desviar de cabeça, descansando os adeptos alvinegros.

No tudo por tudo, Marcão esteve perto de empatar já em tempo de descontos e Orlando Sá sentenciou o embate, num contra-ataque que o deixou isolado. Uma vitória justa mas que acabou por ser pesada para o Padroense.

FICHA DO JOGO

Estádio da Madeira, na Choupana (Funchal).

Árbitro: Rui Silva (Vila Real)

Auxiliares: Bruno Trindade e Álvaro Mesquita.

Quarto árbitro: Luís Silva.

NACIONAL: Bracalli; Patacas (João Aurélio, 76m), Felipe Lopes, Danielson e Nuno Pinto; Todorovic, Bruno Amaro e Mihelic (Juninho, 58m); Edgar Costa, Mateus e Orlando Sá.

Suplentes não utilizados: Vladan, Alex Bruno, Ricardo Fernandes, Pecnik e Anselmo.

Treinador: Jokanovic.

PADROENSE: Marco; Paulinho (Riça, 90m), Armando, Ramalho e Vítor Lobo; André Simões e Daniel; Mário Costa (Miguel, 72m), Mariano e Silva; Bruno (Marcão, 65m).

Suplentes não utilizados: Freitas, Sérgio, Vila, Mário Jorge.

Treinador: Augusto Mata.



Ao intervalo: 0-1.

Marcadores: Bruno (32m), Mateus (62m), Orlando Sá (68 e 90m), Marcão (75m) e Felipe Lopes (88m).

Disciplina: cartão amarelo a Felipe Lopes (40m), Mariano (48m), Ramalho (67m) e Orlando Sá (90m).

Resultado final: 4-2.