Por: Nuno Dantas

O Arouca está pela segunda vez na história nos quartos de final da Taça de Portugal! A formação comandada por Lito Vidigal foi a Amarante bater a formação local por 2-1 e carimbou o apuramento. Depois de ganhar ao Varzim nas grandes penalidades e de ter ido a prolongamento com o Leixões, o Arouca voltou a sentir muitas dificuldades, desta feita para levar de vencida uma aguerrida e batalhadora equipa amarantina. Não houve Taça em Amarante, mas fez-se a festa da Taça! Em dia de trabalho, a cidade quase parou e o Estádio Municipal esteve quase cheio de adeptos incansáveis, que puxaram pela equipa do princípio ao fim.
 
O caminho para o apuramento foi difícil e foi preciso suar muito para levar de vencida a surpresa da competição. O Amarante, do Campeonato de Portugal, repetiu as credenciais mostradas contra o Marítimo. Depois de estar a perder por 2-0, defendeu um penálti, reduziu no marcador e encostou a formação arouquense às cordas. Contudo, não conseguiu o prémio merecido: levar o jogo para prolongamento. 
 
O Arouca entrava em campo sabendo que ia ter pela frente um adversário com qualidade, combativo e que já havia eliminado o Marítimo. Por isso, Lito Vidigal veio para Amarante na máxima força, fazendo apenas três alterações em relação ao jogo com o Rio Ave. Os arouquenses entraram a mandar no jogo, fazendo circular a bola com rapidez e confundindo a defensiva local.
 
Os amarantinos, à semelhança do jogo com o Marítimo, entraram com as linhas recuadas, num clássico 4-4-2. Porém, sempre que podiam, faziam boa troca de bola, embora sentissem dificuldades em chegar à baliza adversária. O Arouca marcou cedo, com alguma sorte à mistura. Livre frontal batido por Nuno Valente, o esférico bateu no relvado – que não estava no melhor estado - e sofreu um desvio. André Fonseca ainda defendeu, mas, na recarga, Ivo Rodrigues não perdoou.
 
O Arouca descansou à sombra do resultado e, aos poucos, o Amarante foi crescendo. Perdeu o medo à equipa da I Liga e foi chegando perto da baliza de Bracali. A equipa de Lito Vidigal tentou espreitar o contra-ataque e Ivo Rodrigues esteve perto de chegar ao segundo. Valeu o guardião local. Em cima do descanso, surgiu a melhor oportunidade da turma anfitriã. Horácio chegou um tudo nada atrasado ao cruzamento de Carlos e não conseguiu encostar para golo.
 
Ao intervalo Pedro Pinto lançou Prince e o extremo trouxe mais velocidade ao jogo amarantino. Porém, foram os visitantes a chegar ao golo. Maurides, depois de ganhar um ressalto, não vacilou no frente-a-frente com André Fonseca e fez o segundo. Pouco depois, o guarda-redes do Amarante brilhou ao defender uma grande penalidade apontada por Nuno Coelho. Grande estirada.
 
Os locais ganharam confiança e partiram para cima do Arouca. Prince partiu os rins a Lucas Lima e arrancou uma grande penalidade que o herói do jogo com o Marítimo se encarregou de marcar. Miguelito, o Fellaini de Amarante, atirou para um lado e Bracali foi para o outro. Logo a seguir, entusiasmados pelo golo, os amarantinos ficaram a centímetros do empate. O capitão César falhou o golo em boa posição.
 
Lito Vidigal não estava a gostar da sua equipa e lançou em campo Pintassilgo, na tentativa de ter mais bola.  No entanto, continuou a ser a equipa do Campeonato de Portugal a mandar na partida e a pôr em sentido os visitantes. O Arouca foi encostado às cordas, porém soube guardar o resultado e fez valer o estatuto. Os amarantinos mereciam mais, mas o que conseguiram até aqui já deu para fazer história.