A FIGURA: Felipe

Prendeu, juntamente com Marcano, Bas Dost a um cadeado. E o holandês bem que andou todo o jogo (até sair) à procura das chaves para se libertar, mas sem sucesso. Exibição imaculada do central brasileiro pela relva e pelo ar, com apenas um deslize digno de registo: voltar para a segunda parte com a camisola de… Soares. Não tremeu no desempate por penáltis.

 

O MOMENTO: Marcano e os ferros. Minuto 88 e penáltis

Momentos depois de Coates ter empatado a eliminatória, os dragões tiveram uma flagrante oportunidade de carimbar a passagem. Na sequência de uma bola parada, o central espanhol cabeceou, mas a bola foi devolvida pela trave: na recarga, Felipe voltou a rematar ao ferro e Reyes acertou com a baliza de Patrício à terceira: em vão. Felipe estava em fora de jogo no momento do primeiro remate de Marcano. Foi o responsável pelo primeiro de dez pontapés no desempate: foi também o único que falhou. Enganou Patrício, mas a bola escarrou, desta vez, no poste esquerdo.

 

OUTROS DESTAQUES

Brahimi: impressiona a forma como consegue esconder quase sempre a bola dos marcadores diretos. Quando o argelino recebia a bola nas imediações da área contrária, soavam os alarmes. Aos 53 minutos isolou Soares numa das melhores oportunidades dos dragões em todo o encontro. Apesar de ter criado alguns desequilíbrios, a estratégia pragmática dos azuis e brancos – em vantagem na eliminatória – fez com que o jogo passasse menos vez por ele do que o habitual. Eclipsou-se no prolongamento, mas reapareceu já para lá dos 120, com um remate em posição frontal que passou a rasar a trave de Patrício.

Casillas: sem culpas no golo de Coates, não teve de opor-se a muitos remates de jogadores do Sporting. Além do tiro certeiro do uruguaio, só Mathieu e Montero conseguiram tentativas enquadradas, facilmente resolvidas pelo espanhol. Revelou frieza nas vezes em que foi obrigado sair da área para dobrar os centrais, mas não foi feliz no desempate por penáltis, onde só se aproximou do remate de Coates.

Maxi Pereira: aos 34 anos pode já não ter a verticalidade das épocas anteriores, mas a entrega que o caracteriza há mais de uma década nos relvados portugueses mantém-se intocável. No prolongamento ficou com a cabeça aberta na sequência de um choque com Doumbia. Levantou-se, voltou à arena e a primeira ação no regresso às quatro linhas foi um corte com a… cabeça.