Momento: primeiro golo mesmo antes do intervalo

Quando parecia que o Vilaverdense ia conseguir resistir ao primeiro assalto dos leões, o Sporting chegou ao golo ao cair do pano da primeira parte. Cruzamento da direita de Alan Ruiz, Bryan Ruiz desvia e Pedro Freitas defende para a frente. Doumbia, na recarga, só teve de encostar. Alvalade respirava de alívio e ganhava fôlego para uma segunda parte que seria bem mais fácil para os leões.

Figura: Gelson Martins entra e muda tudo

Pode parecer estranho que num jogo em que Doumbia assinou um «hat-trick» a figura do jogo seja um jogador que entrou apenas no decorrer da segunda parte e marcou apenas um. Mas a verdade é que o jovem extremo abanou definitivamente o jogo e esteve nos últimos três golos dos leões. Bastou acrescentar um pouco de velocidade para o Sporting conseguir finalmente mostrar as diferenças que no papel pareciam bem mais evidentes do se tinha visto na primeira parte. Espetacular o lance que deu origem ao segundo golo (veja o vídeo abaixo), antes de servir Doumbia para o segundo da noite. Esteve ainda na origem do terceiro e marcou ele próprio o quarto. Foi tudo tão diferente com Gelson.

Outros destaques: confira a FICHA DO JOGO

Outros destaques: confira a FICHA DO JOGO

Doumbia: três golos e nem um esboço de festejo. O avançado contava apenas com dois golos marcados esta época, ambos na Liga dos Campeões, mas esta noite completou um «hat-trick», com três golos em que teve apenas de encostar. Talvez por isso, o avançado costa-marfinense não tenha festejado nenhum dos três golos. A verdade é que teve apenas o mérito, e já não é pouco, de estar no sítio certo, no momento oportuno. Depois dos três golos, ainda serviu Gelson para o quarto do jogo. Só pode ter nota positiva.

Ristovsky: mais uma oportunidade aproveitada pelo lateral macedónio que, sempre que é chamado a jogo, deixa tudo o que tem dentro de campo. Com muito espaço pela frente, o lateral macedónio desceu muitas vezes pelo seu flanco para ir combinar lá à frente com Tobias Figueiredo.

Iuri Medeiros: em sentido contrário, Iuri Medeiros, que até esteve muito em jogo, não aproveitou totalmente a oportunidade rara de começar um jogo de início pelos leões. O extremo jogou sobre a direita, contou com um forte de apoio de Ristovsky, mas raramente conseguiu dar boa sequência aos lances em que foi protagonista. Na retina, ficou apenas um remate em arco que não passou muito longe da trave. Pareceu-nos pouco para um jovem que pode estar de saída na reabertura de mercado.

Ahmed Isaiah: foi o jogador que mais problemas deu ao Sporting, jogando com inteligência, evitando os confrontos diretos, procurando os espaços vazios para evoluir no terreno. Tentou ainda surpreender Salin com remates de longe.

André Soares: enquanto teve fôlego, foi uma permanente dor de cabeça para Bruno César obrigando o lateral improvisado a recuar para a defesa da ala e ganhando alguns dos muitos duelos que travou com o brasileiro. Na segunda parte, faltou-lhe oxigénio para continuar a subir pelo corredor.