* por Nuno Dantas

Manuel Machado, treinador do Nacional, analisa a derrota em Barcelos (1-0) e consequente eliminação nos quartos de final da Taça de Portugal:


«Não tem nada a ver com I ou II Liga. Cheia de situações destas está o futebol, com equipas menores a jogar no seu terreno a eliminarem formações da I Liga. Vamos centrar a questão no que é essencial: desejo ao Gil Vicente o maior sucesso para a meia final.»
 
«Foi um jogo repartido, com fases de ascendentes de uma equipa e de outra, com maior eficácia do Gil Vicente e maior inoperância de nossa parte, pois podíamos ter dado outro destino ao jogo. Conjugou-se aqui um conjunto de fatores que levam a que as coisas tivessem terminado assim.»
 
«Não é normal nem é regulamentar jogar com menos de 72 horas de descanso e nós jogámos na segunda feira. Depois outro fator é a calendarização. Jogam-se 14 jogos até 31 de Dezembro e depois jogam-se 20 até Maio, onde se acumulam os jogos da Taça da Liga e da Taça de Portugal. Há uma diferença muito grande entre a primeira fase do campeonato e esta segunda fase.»
 
«Depois há problemas internos, como as lesões do Luís Aurélio, do Soares e do Mauro. Jogámos aqui sem ponta de lança. Por isso não há desaire, há um conjunto de fatores que se conjugaram para o nosso lado que fizeram com que não nos apresentássemos aqui condignamente. Fizemos aquilo que era possível»
 
[sobre possíveis mexidas o mercado] «Estamos a trabalhar para mexer no mercado. A direção sabe há dois meses do que é preciso, só que há fatores que não permitem que seja tão rápido como desejávamos. Também não vale a penas estarmos a precipitar-nos, temos de ser cirúrgicos nesta fase.»