Jorge Jesus, treinador do Benfica, analisa a eliminação nos «oitavos» da Taça de Portugal, com uma derrota caseira com o Sp. Braga (1-2):
 
«O Benfica fez um jogo com muita qualidade, onde ofensivamente, sobretudo na segunda parte, criou muitas oportunidades para chegar primeiro ao 2-1. Depois de sofrer o segundo golo também tivemos muitas ocasiões para o 2-2. Há mérito do guarda-redes do Sp. Braga, e outros lances em que houve falta de eficácia dos nossos avançados, mas o futebol é mesmo isto. O Sp. Braga, para mim, esteve melhor na primeira parte do que na segunda. Marcou de canto e numa saída rápida. O Benfica não esteve tão bem defensivamente, e costuma estar. Isto derivado a algumas modificações forçadas que tivemos de fazer. Mas o Benfica fez o suficiente para, pelo menos, não perder. O Braga também tem algum mérito. Não deixámos sair em transição, mas tem jogadores rápidos. Mas não foi aí que o Benfica não esteve tão forte.»
 
«Com a saída do Enzo perdemos algum poder no corredor central, e foi por aí que o Braga marcou o segundo golo. Mas quando fazemos o suficiente para não perder o jogo dizemos o quê? Ganha quem marca mais. Normalmente ganha quem cria mais oportunidades, mas nem sempre é assim. Parabéns ao Braga por ter dado a volta ao marcador na Luz, o que não é fácil. Não posso dar os parabéns aos meus jogadores, pois perdemos. Queríamos estar na final, conquistar novamente o título, e ninguém está satisfeito.»
 
[sobre a importância das ausências] «O jogo do Dragão deixou algumas marcas. O Salvio fraturou o braço e teve de ser operado. O Luisão também saiu lesionado e o Samaris está sobrecarregado muscularmente. O Enzo pediu a substituição na primeira parte. São quatro jogadores habitualmente titulares, e por alguma razão. Mas podíamos ter vencido na mesma, pois a equipa esteve bem ofensivamente. Não me quero desculpar com as ausências. Não tiveram rendimento ofensivamente. Defensivamente tiveram alguma influência, mas tinha dado para não perdermos o jogo.»
 
[sobre o peso da ausência de Luisão] «Para além da qualidade individual tem um conhecimento muito profundo da abordagem defensiva da equipa. É o comandante da última linha. Se não tivesse influência não jogava sempre. O Benfica nunca criou tantas oportunidades aqui na Luz como hoje, e não conseguimos vencer. Defensivamente não estivemos tão bem quanto costumamos estar. Hoje o Benfica sofreu dois golos que normalmente não sofre.»
 
[este resultado pode deixar mossa?] «Mossa faz. Mas hoje, no presente. É uma derrota que nos custa imenso, pois não tens hipótese de recuperar, não é um jogo de campeonato. E porque, tendo em conta o que jogámos, não merecíamos perder. Mas esta palavra é muito subjetiva no futebol. Foi o melhor jogo do Benfica na Luz, aquele em que mais oportunidades criou. Não estamos contentes.»