«Dentro de mim há uma vontade enorme de chegar às 17h15 e ir para cima deles». A frase pertence a Sérgio Conceição, que no lançamento da final da Taça de Portugal não resistiu a uma declaração mais entusiasmada. Confrontado com a mesma, Marco Silva respondeu com boa disposição.
 
«Ouvi-o dizer isso. A nossa vontade é recíproca. Se ele está com vontade de vir para cima de nós, nós temos a mesma vontade, e depois isto pode ser uma salganhada muito grande. Depois estará aqui o árbitro para resolver estas questões», brincou o técnico leonino.
 
«De certeza que haverá um grande respeito, entre momentos mais quentes e outros nem tanto. Mas tem de existir respeito dentro e fora do campo, num jogo entre duas equipas que querem vencer», acrescentou o técnico.
 
«Mas se tivermos de ir pela comparação, então também estamos com muita vontade que chegue a hora do jogo, e para presentar as pessoas no estádio e em casa com um bom jogo e, acima de tudo, vencer», concluiu.
 
Este será o terceiro duelo entre as duas equipas, esta época, e por isso Marco Silva reconheceu que existe grande conhecimento mútuo: «O Sp. Braga tem uma identidade bem presente. É uma equipa bastante agressiva em todos os momentos, e não o digo no mau sentido. O nosso jogo também é agressivo, e não apenas sem bola. O Sp. Braga sente-se mais cómodo em transição ofensiva, e muitas vezes procura levar o jogo para isso, o que obriga-nos a ter algumas cautelas. Mas respeitando o nosso adversário, penso que o jogo vai depender muito do que nós dermos ao jogo.»
 
O Sporting venceu os dois duelos anteriores, mas Marco Silva avisa que «agora o filme é outro». «Tivemos dois filmes em que saímos vitoriosos, em que gostamos do final, e amanhã queremos a mesma coisa, seja nos 90 minutos ou nos penáltis, pouco importa. Queremos vencer», afirmou.
 
Embora o Sp. Braga tenha ficado logo abaixo do Sporting na tabela classificativa da Liga, a distância foi de 18 pontos, mas Marco Silva não traça a diferença por aí. «Está mais no número de troféus que cada clube tem, mas em campo isso não se nota», disse o técnico, antes de deixar um aviso: «Nas últimas três finais esteve sempre um clube grande e outro não tão grande, e só uma vez o clube grande venceu. Temos de provar em campo que somos superiores.»