Em homenagem à equipa do Rio Ave que foi à final da Taça de Portugal em 1984, alguns jogadores do Rio Ave decidiram deixar a crescer a barba para nova presença do clube no Jamor, trinta anos depois.

Uma iniciativa que contagiou também alguns adeptos, e que termina neste domingo. Mesmo que o Rio Ave seja derrotado no Estádio Nacional, as barbas não devem continuar a crescer até à Supertaça.

«A minha barba não é lá grande coisa, comparada com a do Tarantini ou do Marcelo, por exemplo», começou por dizer André Vilas Boas, em conferência de imprensa.

«Foi uma ideia engraçada, e os adeptos também alinharam. Penso que acaba com a final, seja qual for o resultado. O movimento dos barbudos vai acabar, mas foi bonito, em homenagem ao Rio Ave que esteve na primeira final. Talvez as gerações futuras possam seguir isto», acrescentou.

Vilas Boas fala em «festa constante» no balneário do Rio Ave, nas últimas semanas, dada a presença do Rio Ave em duas finais. «Ainda para mais a do Jamor, a prova-rainha. Estamos super contentes e motivados. Tem sido um ano fantástico», argumentou.

O médio assumiu ainda que «chegar à tribuna e levantar o troféu é o sonho de qualquer futebolista português». «É um sonho que acompanha milhares de futebolistas, e eu sou um deles», lembrou.

Vilas Boas acrescentou ainda que «as finais só fazem sentido se forem jogadas para ganhar», e que «a sorte procura-se com muito trabalho, e o Rio Ave trabalhou muito para chegar a esta final».

O médio fazia parte do plantel do FC Porto que foi à final da Taça de Portugal de 2004, mas assumiu em conferência de imprensa que a sensação agora é diferente: «São realidades diferentes. Na altura era um míudo. Foi fantástico estar lá, mas sinto-me muito mais incluído nesta final e nesta equipa. Há um carinho mais especial.»