Carlos Carvalhal, treinador do Sp. Braga, em declarações aos jornalistas após a goleada sobre o Olímpico do Montijo por 7-0 na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal:

«É uma vitória contra uma equipa séria, que defrontou uma equipa muito séria também, que foi o Sp. Braga. Abordámos o jogo a sério, com muita determinação e respeitámos o adversário.

Respeitar o adversário é a mentalidade inglesa e essa mentalidade é jogar nos limites até ao último segundo de jogo, independentemente do resultado.

O adversário deu bastante luta. Houve um momento do jogo, no início da segunda parte em que tivemos uma quebra da dinâmica entre segundo e terceiro golo. A responsabilidade é minha, porque tenho de gerir a equipa. Passámos a não ter nenhum jogador aberto no lado esquerdo e um pé esquerdo no corredor. O jogo atrofiou-se muito na direita e no meio. Sabia que isso poderia acontecer, mas teria de ser feito em função da gestão da própria equipa. Quando nós entendemos que era o tempo de lançar o Iuri e o Galeno, abrimos a frente de ataque, ganhámos largura, recuperámos os nossos posicionamentos todos e aí, com o adversário mentalmente e fisicamente desgastado, levámos o resultado para valores que são a maior vitória fora do Sp. Braga na Taça.»

[Números espelham o que aconteceu?]

«É muito difícil, porque são números expressivos. Já estive a treinar uma equipa do CNS, que tinha mais capacidade do que esta. São situações difíceis. Também não quero estar aqui a falar do avolumar do resultado, porque tenho muito respeito pelo treinador e pela equipa. O que posso dizer é que foram sérios e bateram-se muito bem. Fizemos um jogo, até determinada altura, a pensar na gestão da equipa, e a partir de determinada altura procurámos fazer mais golos. Isso fazia parte do plano. Quando se chega a sete, tenho de ter respeito e dizer que foram bravos e lutadores até ao fim: deram o melhor.»