Marafona precisou apenas de realizar um jogo na Taça de Portugal para ser o herói da competição.

O guarda-redes do Sp. Braga estreou-se na prova na final frente ao FC Porto, já que não tinha ainda sido opção de Paulo Fonseca na competição, nem de Jorge Simão, já que Marafona esteve ao serviço do Paços de Ferreira na primeira metade da temporada.

«É verdade, acabei por fazer o jogo decisivo e ainda que bem que consegui ajudar a equipa», disse, confrontado com o facto.

A troca de clube em janeiro acabou por resultar num troféu e foi mesmo por isso que rumou a Braga: «A vida dá muitas voltas, felizmente vim para este grande clube conquistar uma grande competição.»

Marafona foi herói por ter defendido dois penáltis, mas rejeita esse rótulo: «Os penáltis são o momento, ainda bem que os defendi porque deram a Taça ao Braga. Se sou o herói do jogo? Não, os heróis são todos estes jogadores, todo este staff e toda esta massa associativa, somos todos heróis.»

Apesar disso o seu nome ficará na história, tal como o do argentino Perrichon, autor do único golo da partida com o Vitória de Setúbal que deu a Taça em 1966. 

«Disso ninguém me livra e é um orgulho imenso pertencer à história do Braga», salientou.

O final da festa foi apenas esta tarde em Braga, com a receção na Câmara Municipal. O guardião não tem palavras para o que assistiu.

«É um sentimento inexplicável, ontem [domingo de madrugada] e hoje [segunda-feira] ver esta multidão, esta gente, é o concretizar de um sonho, é inexplicável.»