Jorge Jesus, treinador do Sporting, depois da goleada ao Vilaverdense (4-0), no Estádio de Alvalade, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal.

[Análise ao jogo]

- O objetivo foi alcançado. Queríamos passar esta eliminatória, se o conseguíssemos fazer com muitos golos, melhor, mas o importante era vencer. Quando jogas com estas equipas, principalmente nos primeiros 45 minutos, se não fazes um golo, dás a possibilidade que o adversário acredite que tem possibilidades de discutir a eliminatória, além de provocar alguma ansiedade nos jogadores do Sporting. Isso não criou esse alarme na equipa, ao intervalo acalmei os jogadores e disse-lhes que os golos iam aparecer com naturalidade porque a diferença era muito grande. Foi um triunfo justo. Uma palavra de simpatia para os adeptos do Vilaverdense que se deslocaram a Alvalade em grande número. Até pareciam um cube grande. A taça é isto, alguém tem de sair vencedor, mas não fizemos mais do que a nossa obrigação.

[Ficou satisfeito com o «hat-trick» de Doumbia?]

- Fez três golos, é um finalizador, um avançado está ali para fazer golos. Foram golos fáceis, mas o facto é que ele está lá. A sua experiência permite-lhe ter esse feeling para estar no sitio certo. Todos os outros, do meio campo para a frente, faltou-lhes um pouco de velocidade para fazer a diferença. Com a entrada do Daniel [Podence] do Gelson [Martins], aí sim, houve velocidade.

[Alan Ruiz esteve uns furos abaixo, concorda?]

- Estes jogos, quando a equipa te dá uma oportunidade, tens de saber aproveitar. É um sinal de confiança do treinador. Ok, é uma equipa do Campeonato de Portugal, mas independentemente do valor das equipas, tens de aproveitar as oportunidades. É um jogador que quando não tem muita competição, tem dificuldades de movimentação e de velocidade. Não está muito confiante, isso nota-se, mas estes jogos também servem para isto. O Bryan [Ruiz] também, mas esteve dois meses sem treinar e notou-se a falta de ritmo. Estes jogos são para dar oportunidades, ou aproveitas ou não aproveitas.

[O mercado está aí à porta, foi a última oportunidade para alguns jogadores?]

- Não direi que seja a última. Agora que este jogo serviu para mim e para eles mostrarem as capacidades que nós achamos que eles têm para que possam fazer parte do projeto. Houve jogadores que deram uma resposta boa, os que não deram tem muito a ver com falta de condições para estarem bem, como o Bryan. Todos os outros deram-me garantias para atacar todas as competições. Temos de mexer jogadores em vários jogos, não podemos ter só onze jogadores, se não, nem uma coisa, nem outra.