Jorge Jesus, treinador do Sporting, em análise à vitória sobre o Benfica na Taça de Portugal (2-1 após prolongamento):

«Nem eu acreditava: ganhar três vezes ao Benfica bicampeão. Nunca me passou pela cabeça. Disseram-me que a última vez foi há sessenta anos. Ainda nem era nascido. Isso é que é fora de normal.»

[esta vitória tem um sabor especial] «As vitórias frente aos rivais são sempre diferentes. Não é a mesma coisa. Um dos jogos foi uma final, e o Sporting ganhou. Agora é uma competição que o Benfica já não pode ganhar. Nós também podemos não vencer, mas continuamos em prova. E nos últimos anos o Benfica está habituado a ganhar tudo em Portugal. Isto não é muito normal. Não pensava ganhar três vezes ao Benfica com esta superioridade. Mas ainda há mais um jogo. Podem ser dois, com a Taça da Liga. Continuamos com o nosso caminho. A ideia é ressuscitar a alma sportinguista, o leão adormecido. Os adeptos estão de novo orgulhosos do seu clube. Estamos nas frentes todas.»

[qual foi a chave do triunfo?] «A chave foram os jogadores do Sporting, que foram melhores. Defrontámos o bicampeão, jogámos contra grandes jogadores, mas o Sporting voltou a ser melhor.»

«Quando trabalhas e acreditas muito naquilo que fazes...podes perder, mas é mais difícil perder. Os jogadores do Sporting acreditam muito naquilo que fazem. Trabalham muito, com muita intensidade e dedicação. Quem trabalha comigo é assim, e não falo apenas dos jogadores.»

[confrontado com uma declaração na «flash interview», quando disse que o Benfica não estava interessado naquilo que estava a fazer no clube] «Deixem-me falar só do Sporting. Já chega. A minha paixão é o futebol, é a minha profissão. Que faço com grande dedicação em todas as equipas em que trabalho. Isto é mérito dos jogadores, da estrutura que o presidente criou. Ele Está cem por cento dentro das minhas ideias e eu nas ideias dele. Isso é que conta. Esta evolução da equipa, voltar a erguer o orgulho dos sportinguistas. Em pouco tempo já foi mais do que eu pensava. Ganhámos um título e estamos bem em todas as provas.»

[qual foi o dérbi mais fácil e mais difícil?] «Pelo resultado diria que o mais fácil foi o 3-0. Melhorámos muito em relação ao primeiro jogo. O Benfica tambem. Em relação ao segundo jogo já não hoube tanta evolução nas equipas, pois o tempo foi menor. Eu pensei que era preciso apresentar algumas coisas diferentes, para surpreender, e o treinador do Benfica também deve ter pensado da mesma forma. Talvez este tenha sido o mais dificil. Houve prolongamento. Mas se formos a ver as oportunidades, o Sporting teve mais do que na Supertaça. Foram os três difíceis mas o Sporting esteve sempre à altura.»