Aos 38 anos Marco Ferreira cumpre um sonho: foi o árbitro escolhido para dirigir a final da Taça de Portugal, entre Sporting e Sp. Braga. E se o jogo do Jamor é encarado de forma romântica por jogadores e treinadores, também o é pelos árbitros.
 
«Há nove anos que ando neste romance e anuncio o casamento amanhã», brincou o árbitro madeirense.
 
«É sempre uma honra estar nesta final, num estádio com este peso histórico, numa competição com esta dimensão. É uma honra também por ser o primeiro árbitro madeirense. Não tenho dúvidas que qualquer colega meu gostaria de estar aqui. Pode ser a oportunidade de uma vida, pois muitos árbitros só fazem uma final», destacou.
 
Marco Ferreira disse ser «uma honra partilhar o terreno com duas excelentes equipas», mas garantiu que «a responsabilidade é igual». «Não é por ser uma final que vamos mudar a forma de estar. Sair da zona de conforto é sempre um risco. A preparação é idêntica. Não há mais pressão. É um jogo em que procuramos fazer o nosso melhor trabalho para dignificar o futebol português e a arbitragem portuguesa», explicou.
 
Em conferência de imprensa ao lado de dois capitães, Adrien e Alan, o árbitro da final da Taça de Portugal garantiu não ter tomado a iniciativa de falar já com os jogadores: «Sabemos o que temos de fazer. Temos de ser profissionais. O que desejo para eles é o que desejo para mim e para a minha equipa: que a verdade desportiva seja uma certeza, que impere o fair play e que no fim se faça a festa.»