Uma noite que se antevia de festa para o Vilaverdense, qualquer que fosse o resultado no Estádio de Alvalade, acabou por ser de apreensão e tristeza, com a notícia de uma penhora das quantias geradas pela participação nos oitavos de final da Taça de Portugal devido a uma dívida antiga de um ex-dirigente.

Esta informação foi divulgada pelo clube do Campeonato de Portugal, através de um comunicado distribuído junto dos jornalistas. «Para além de marcar a história, a participação nos oitavos de final da Taça de Portugal, conjuntamente com os direitos televisivos, significava a possibilidade de um encaixe financeiro que iria permitir a aquisição de casacos para os jovens da formação, assim como de duas carrinhas, também para a formação», escreve o clube no dia em que recebeu a notificação, na sua sede, da penhora das quantias geradas pela participação na prova rainha, incluindo as receitas geradas pelos direitos televisivos.

Em causa está uma dívida de 45 mil euros à Caixa Económica Montepio Geral que o antigo presidente Manuel Leão tinha assumido como suas. No entanto, o antigo dirigente pagou apenas as duas primeiras prestações e deixou de pegar as restantes, deixando o clube numa situação difícil. «É uma ironia do destino. O esforço e a dedicação dos atletas, sócios e dirigentes, que moveram o clube nesta participação brilhante, é que irão pagar uma dívida que não é sua», lê-se ainda no comunicado distribuído à comunicação social.