O Desportivo das Aves apurou-se esta quarta-feira para os quartos de final da Taça de Portugal após golear, 1-5, na visita ao reduto do União da Madeira, num jogo que deixou bem expressas as diferenças de opções que estavam ao dispor de ambas as equipas.

José Viterbo teve de recorrer a um onze recurso, como ficou bem patente nos seis suplentes que levou para o banco (podia levar sete...), por força de sete lesionados e um castigado. Carências que não afligiram Lito Vidigal, que até se deu ao luxo de deixar no banco peças fundamentais como Salvador Agra, Arango ou Ponck.

A carência madeirense foi bem aproveitada pelos avenses, que desde muito cedo deram mostras de possuir um conjunto superior e melhor entrosado. Contudo, o caminho da vitória começou a ser trilhado, aos 17 minutos, com um penálti cuja falta ocorreu fora da grande área.

Chastre foi rápido a sair da baliza ao encontro de Amilton, mas este acabou por derrubar o avançado do Aves, pouco depois da linha da grande área. Apesar dos protestos dos unionistas, prevaleceu a visão de João Pinheiro, e na conversão, Paulo Machado inaugurou o marcador.

FICHA DO JOGO E A PARTIDA SEGUIDA AO MINUTO

Em desvantagem, o União da Madeira procurou equilibrar a contenda, abrindo mais espaços para as transições rápidas do Aves, que tiveram quase sempre em Ryan Gauld um dos seus principais construtores.

O União só conseguia aproximar-se da baliza de Facchini através da meia distância ou em lances de bola parada, mas com processos algo lentos. O grau de ânimo que o golo deu ao Aves foi subtraído na mesma proporção ao conjunto madeirense. Mais confiantes, os avenses chegaram com alguma naturalidade ao segundo golo. Numa transição rápida, Ryan Gauld assiste Amilton que finalizou bem já no interior da área.

O jogo estava a correr na perfeição à equipa de Lito Vidigal e ainda melhor ficou quando, aos 44 minutos, uma falha de Sylla e deixou a bola fugir para Defendi, que na pequena área, apenas teve de encostar a bota esquerda para desviar para o fundo das redes.

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Vantagem justa ao intervalo? Sim, se se descontar o primeiro golo. O Aves dominou o primeiro tempo exibindo mais intensidade na circulação de bola em todas as fases de construção de jogo, fruto de um melhor entrosamento entre as suas peças, em claro contraste com os madeirenses.  

Ainda faltava a segunda parte para jogar, mas se dúvidas havia quanto ao desfecho do resultado, estas acabaram por ser cabalmente dissipadas pouco depois do reatamento, com o 4-0 assinado Amilton, na sequência de um canto batido por Paulo Machado, seguido de um desvio de Sami para o segundo poste.

Amilton, ex-jogador do União, tornou-se depois a figura do jogo ao assinar um ‘hat-trick’, em cima do minuto 60’. Os madeirenses ainda reduziram, por intermédio de Flávio Silva, sete minutos depois, mas o resultado já estava feito e com ele decidida a eliminatória.

O Desportivo das Aves iguala os registos de 06/07, 07/08, 11/12 e 13/14, os melhores da história do clube na Taça de Portugal.