A FIGURA: BRUNO GASPAR

Primeira meia hora de jogo eletrizante do lateral direito saído da formação do Benfica. Velocidade vertiginosa nos apoios ao ataque, criando alguns dos desequilíbrios que mais trabalho deram ao setor mais recuado dos encarnados. Aos 16 minutos serviu Marega para o 1-0, mas o maliano definiu mal. Aos 27’, foi ele quem forjou mais uma saída rápida para o ataque, num lance que terminou com uma intervenção atenta de Ederson a remate de Hernâni. Defensivamente, fez o que pôde para controlar as investidas ora de Cervi, ora de Grimaldo. Na segunda voltou a criar, ainda que mais a espaços, desequilíbrios.

NEGATIVO: arranque da segunda parte

Depois de uma primeira parte na qual até dispôs das melhores oportunidades, o V. Guimarães comprometeu tudo com uma entrada desastrada na etapa complementar. O sonho do Jamor esfumou-se em pouco mais de cinco minutos.

MENÇÃO HONROSA: adeptos do V. Guimarães

A forma como homenagearam os jogadores do clube minhoto no final do jogo foi arrepiante. Mais uma prova de que esta gente é mesmo especial. Nas vitórias e nas derrotas.

OUTROS DESTAQUES:

Raphinha: bateu o canto que Rafael Miranda quase materializou em golo aos 29 minutos e no lance anterior serviu Hernâni de cabeça, mas Ederson salvou as águias. Criou dificuldades a Nélson Semedo e demonstrou enorme compromisso nas tarefas defensivas. Depois da saída de Konan baixou para a lateral esquerda, mas manteve a verticalidade. Antes do golo de Zungu deu um nó-cego a Nélson Semedo que terminou com um corte providencial de Samaris, a evitar que Texeira reduzisse a contagem.

Hernâni: em dúvida até praticamente à hora do jogo, provou mais uma vez que é um dos maiores desequilibradores da equipa minhota. Esteve em dois dos três lances de maior perigo criados pelo conjunto de Pedro Martins nos primeiros 45 minutos. No primeiro, aos 27’, quase marcou num remate acrobático; pouco depois, tentou servir Raphinha ao segundo poste, mas Nélson Semedo conseguiu cortar. Primeira parte de bom nível; apagado na etapa complementar até sair por lesão aos 63 minutos, já com o Benfica em vantagem por dois golos.

Josué e Pedrão: tiveram uma primeira parte imaculada, secando com enorme competência a dupla atacante encarnada. Comprometeram nos segundos 45 minutos, período no qual cometeram muitos erros primários e que poderiam ter custado até uma derrota pesada.