«Com tranquilidade» o Sporting resolveu um problema chamado Rio Ave e deu mais um passo rumo ao objectivo-Jamor. Paulo Bento terá ficado agradado com o «espírito» mostrado pelos jogadores leoninos que levaram este jogo a sério. Como se tratasse de um encontro de primeira liga. E num tapete novo.
E, nesse sentido, foi agradável para os sportinguistas ver o «regresso» de Nani às boas exibições e do clube às vitórias. Não é para menos depois de tudo o que se passou no Restelo. Mas este Rio Ave, que tanto se disse com «estrutura» de primeira divisão, acabou por ser presa relativamente fácil para um leão sério e atento.
Talvez por isso não tenha havido sequer sensação de que podia haver Taça ou algo parecido em Alvalade. Nem mesmo quando Delson e Evandro tentaram enganar Tiago na baliza do Sporting nos minutos iniciais. Ou mesmo quando Keita atirou aquela bomba do meio da rua para o 2-1.
Antes da terrível fase dos 20 minutos, o Sporting tinha deixado o aviso. Custódio atirou à trave e ficou a saber-se aí que não seria uma noite fácil para os vila-condenses. Até porque o Sporting estava muito certinho. Romagnoli está à porta para sair, mas mostrou pormenores de qualidade raros em Alvalade antes de sair debaixo de aplausos. Um deles isolou Alecsandro para o primeiro aos 20 minutos, apontado por um defesa contrário. Mas o brasileiro estava também endiabrado, e numa arrancada fulgurante assistiu Liedson para um golo «fácil». E pronto, aos 29 minutos a vitória do Sporting estava praticamente conseguida e o problema parecia resolvido.
Uma bomba para assustar, mas só isso
Nesta altura já o treinador do Rio Ave João Eusébio tinha colocado a equipa a jogar com três defesas, quatro médios e três avançados. Arriscado e de salientar, mas esta noite pouco eficaz. Há jogos assim. Até porque Nani, Moutinho e os restantes não estavam na disposição de serem os bobos da Taça de Portugal. E não foram.
No segundo tempo o Sporting foi tentando gerir a vantagem, e conseguiu-o muito bem até aos 75 minutos. Keita entrou em campo e na primeira vez que tocou na bola atirou uma «bomba» que fez renascer a esperança vila-condense. Paulo Bento tinha colocado Pereirinha, Yannick e Abel em campo e jogava com oito portugueses, sete deles da «cantera». E tinha 10 minutos para aguentar a vantagem de um golo.
O 2-1 do Rio Ave trouxe ao jogo nervosismo. Espelhado nalguns lances perdidos pelo Sporting e na forma mais acutilante como a equipa forasteira tentou chegar à área de Tiago. Mas isso foram apenas emoções que criaram silêncios em Alvalade. O último esforço do Rio Ave para chegar ao empate foi como em todo o jogo. De forma desordenada e pouco convicta. E, por isso, terminou como devia.