A FIGURA: Talocha
Defesa, 25 anos, uma carreira passada em Famalicão e a segunda época em Vizela. Marcou dois golos ao Sporting e já tem uma bela história para contar aos netos numa noite de Natal. Ou noutra qualquer. Uma história destas não tem prazo de validade. Já agora, Talocha é na verdade João Carlos Silva. A alcunha fica no ouvido, claramente.

O MOMENTO: penálti falso a favor do Sporting
Nuno Almeida fez uma boa arbitragem, mas errou gravemente neste lance. Viu uma mão de um jogador do Vizela quando a jogada é totalmente legal. O Sporting inaugurou o marcador através do castigo máximo, por André Martins.

A CRÓNICA DO JOGO: vencer assim não faz bem a ninguém

Outros destaques:

Fininho:
O antigo futsalista do Sporting, cuja história já mereceu uma reportagem no Maisfutebol, mostrou grande qualidade no reencontro com os leões. Rápido, atrevido, conseguiu ganhar várias vezes em velocidade a Cedric e cruzar com perigo. Bate bem livre e tem um pé esquerdo requintado. O relvado do Moreirense pareceu um piso flutuante de pavilhão.  

Marcelo Boeck:
Muito mal nos golos do Vizela. Primeiro a largar para a frente uma bola acessível e depois a sair mal a um cruzamento. Redimiu-se parcialmente com duas defesas monstruosas e uma saída decisiva a pontapé. Tem estado tempo a mais no banco, sem competição. São demasiadas épocas na sombra de Rui Patrício. Talvez esteja na hora de sair e conquistar minutos.

Carrillo:
No pior período do Sporting, toda a primeira parte, foi o melhor da equipa. O único a exibir-se a um nível minimamente aceitável. Quis ter bola, quis correr, quis lutar. Não foi brilhante, até perdeu influência com o avançar do relógio, mas deu até ao intervalo bons sinais. É fortíssimo nos momentos em que flete para o centro à procura do pontapé.

Paulo Oliveira:
Não pode ser ilibado nos golos vizelenses, mas foi dos mais estáveis do princípio ao fim. É um jogador sério, empenhado, e isso faz toda a diferença em jogos deste caráter. Caráter, sim, Paulo Oliveira também muito disso.

Rafinha:
Nos primeiros 30 minutos foi o melhor em campo. Baixinho, frenético, bons pés, iludiu várias vezes a marcação e levou o gigante Sarr ao desespero. Um médio ofensivo com qualidade, formado e dispensado pelo Paços Ferreira.

Oriol Rosell:
É forte no passe, posiciona-se bem, sabe ler o jogo e, ainda assim, parece faltar-lhe mais qualquer coisa para suplantar William Carvalho. Talvez poder físico, talvez intensidade, talvez minutos de competição. Mas que o espanhol sabe jogar, disso não restam dúvidas.

Luís Ferraz:
O número dez do Vizela tem muito futebol no pé direito. Passou várias épocas no Merelinense e está há três no atual clube. É jogador para outros voos.