O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) deu provimento ao recurso apresentado por Carlos Queiroz e anulou a suspensão de seis meses que foi aplicada ao ex-seleccionador nacional pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).

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O tribunal, única instância de apelo, considera que Queiroz não perturbou o controlo anti-doping realizado durante o estágio da selecção para o Mundial 2010, na Covilhã. A perturbação do controlo foi o argumento na base do castigo imposto pela ADoP.

«O painel considerou o comportamento do senhor Queiroz inaceitável, mas não considera que esse comportamento tenha perturbado o processo de recolha de amostras ou o trabalho dos agentes antidoping», informa o TAS, concluindo ainda que «não há provas de que o comportamento do senhor Queiroz tivesse a intenção de perturbar o controlo».

Na informação divulgada nesta quarta-feira o TAS começa por historiar o processo, descrevendo assim o que se passou naquela manhã: «Após uma discussão, os agentes antidoping saíram para prosseguir o controlo e, enquanto se afastava, o senhor Queiroz lançou alguns comentários de muito mau gosto e sexualmente descritivos relativos à mãe do presidente da ADOP.»

Rui Patrício, representante do ex-seleccionador nacional, disse à Lusa que a decisão «não podia ser de outra maneira». O TAS condenou ainda a ADoP a pagar as custas do processo.

Carlos Queiroz foi suspenso a 30 de Agosto por seis meses. A 9 de Setembro foi despedido pela Federação Portuguesa de Futebol.

(Notícia actualizada)