«É uma situação chata, mas arbitragem ‘à la carte’ não existe». As palavras são do árbitro português Carlos Ramos, que está no centro da polémica por ter atribuído três advertências à campeã norte-americana Serena Williams por conduta incorreta na final feminina do US Open, citado pelo jornalista e amigo Miguel Seabra, num artigo publicado no jornal «Expresso».

«No olho do furacão, Carlos Ramos tem tentado preservar-se. Recebeu centenas de mensagens de apoio de família, colegas, jogadores e ex-jogadores. Não tem ido às redes sociais. Diz-me que só lê artigos ‘equilibrados’ sobre o tema, criteriosamente escolhidos e enviados por amigos. Está seguro da sua atuação mas não pode ser citado sobre o encontro nem sobre a polémica em si. São regras pelas quais se regem os árbitros de ténis. Evitou andar pelas ruas no domingo seguinte, para não suscitar qualquer situação complicada, e está prestes a sair para uma eliminatória da Taça Davis entre a Croácia e os Estados Unidos, em Zadar, a partir de sexta-feira. “Estou bem, tendo em conta as circunstâncias. É uma situação chata, mas arbitragem ‘à la carte’ não existe. Não te preocupes comigo!», diz o texto.

A atuação teve repercussões a nível mundial, com opiniões de parte a parte. A Federação Internacional de Ténis (ITF) reagiu recentemente e disse que o árbitro português atuou «com profissionalismo e integridade» e lembrou que as decisões foram validadas com a decisão do US Open de punir Serena Williams com uma multa de 17 mil dólares.