Cerca das 19 horas já a azáfama começava a ser grande junto ao Fórum. Carros de exteriores das televisões, curiosos do acaso, os adeptos do Vitória que apareceram cedo de mais com o cachecol começaram a juntar-se ao início da noite.
Com o aproximar da hora do início da Assembleia Geral, marcada para as 20h30, com meia hora de tolerância, os ânimos começaram a exaltar-se. Os jornalistas foram agredidos verbalmente por alguns adeptos, poucos, como, de resto, já costuma ser habitual quando os clubes estão em crise. Chumbita Nunes chegou ladeado por elementos da direcção e por um segurança privado.
Jornalistas nos camarins e casas-de-banho
A Assembleia começou pacata, apesar dos comentários de alguns sócios do ambiente quente que se vivia dentro da sala. Os jornalistas ficaram da parte de fora. Até para bem da saúde. Ao fim de três horas começaram a sair os primeiros adeptos. E aí voltaram-se a ouvir novos insultos, ainda que esporádicos.
Quando chegámos perto das quatro horas de Assembleia, os jornalistas foram convidados a subir as escadas e a procurar refúgio nos camarins do Fórum, onde havia casas de banho e pouco espaço para duas dezenas de repórteres. Poucos minutos depois terminou a reunião, e os sócios vitorianos saíram. Ouvia-se então na rua algum barulho, alguns gritos e viam-se empurrões entre adeptos. Os jornalistas já lá não estavam.
Foi então que estes puderam conversar serenamente com o presidente do Vitória Chumbita Nunes já dentro do Fórum, onde ainda se sentia o quente do ambiente vivido durante as últimas horas. «Os adeptos portaram-se de forma entusiasta, mas ordeira. Foram informados de tudo e correu tudo muito bem. Aliás, foi a Assembleia mais entusiasta que assisti. Sócios deram prova de grande entusiasmo», exclamou o presidente da mesa da Assembleia Geral, Fernando Pedrosa.
Mais vale prevenir do que remediar. E apesar de tudo, correu bem.
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