A figura: Josué

Não é dos jogadores mais amados nas bancadas, apesar do portismo assumido e de ser um homem da casa. Não fez um jogo extraordinário, não foi o melhor em campo, mas acaba por ser o herói da noite. Não vacilou na hora de marcar o penalty e fuzilou Wellington. Colocou, assim, o FC Porto nas meias-finais.

O momento: os descontos ainda dão jeito

Já passava do minuto 90. O FC Porto precisava de um golo para seguir para as meias-finais quando Igor Rossi calculou mal o tempo de entrada, perdeu para Ghilas e puxou-lhe o ombro. Manuel Mota achou suficiente para marcar falta. E assim foi. Josué fez o resto e lançou a festa.

Outros destaques
 
Jackson Martínez
Continua com pormenores deliciosos e veia goleadora apurada. O lance do golo que abriu o jogo é sintomático: calcanhar a isolar Defour e oportunismo evidente ao rechaçar a bola largada por Wellington.

Quaresma
Intermitente. Apareceu no jogo já com dois golos, um em cada baliza. Até aí desaparecido, mostrou-se em dois lances na direita em que deixou Ruben Ferreira nas covas antes de centrar para a área. Pecou aí, porque os cruzamentos não estiveram à altura dos arranques. E as trivelas, que bem tentou, também ainda não foi desta que saíram. Depois voltou a sumir, arrancando um ou outro pormenor de qualidade na segunda parte que não chegaram para maquilhar uma exibição menos inspirada.

Danilo Dias
O melhor em campo. Já viveu períodos de maior fulgor na carreira, mas a qualidade parece intacta, pelo menos a julgar pela amostra no Dragão. A jogada do segundo golo, em que correu meio campo com a bola e centrou de forma perfeita para o remate vitorioso de Artur é disso exemplo crasso. Difícil de perceber é que seja suplente desta equipa

Artur
Já não é bem o 10 que se notabilizou no Beira-Mar mas continua com a mesma qualidade no toque de bola. Encostado à esquerda, fez o segundo golo do Marítimo no jogo, é certo, mas fez mais do que isso. Tentou acrescentar classe e qualidade a cada ataque insular e foi figura essencial no esquema engendrado por Pedro Martins. Sem ele, teria sido mais difícil. Com ele, o golo ficou mais perto. E o jogo mais bonito.