Terminou sem golos o Sporting-Porto que deu o primeiro clássico da Taça da Liga desta época. Houve mexidas nas equipas para esta prova ainda não encarada como outras. Houve mais Sporting. Mas os leões voltaram a não conseguir ganhar naquele que foi o seu quarto dérbi ou clássico já disputados nesta temporada. O Porto arriscou pouco e não terá ficado insatisfeito com a divisão de pontos.

Várias foram as alterações que os dois treinadores fizeram nos onzes habituais, da baliza ao jogador mais avançado. Paulo Fonseca também mexeu no meio-campo, mas Leonardo Jardim deixou esse setor intocável. E foi por aí que os leões foram tomando conta do jogo na primeira parte.

Veja a ficha de jogo.

O Porto até entrou melhor no jogo (em relação à apreciação anterior) e explorou o desacerto inicial de Dier na metade direita da defesa leonina criando duas ocasiões para visar a baliza sportinguista. Ghilas atirou por cima logo ao sete minutos, Licá chutou para defesa de Marcelo ao quarto de hora.

O Sporting tentava contrapor às alternâncias de flanco do triângulo do meio-campo portista – entre Carlos Eduardo e Herrera –, que tentava um futebol mais apoiado quer para as alas quer para triangulações no meio, com lançamentos mais longos, que iam sendo dominados pela defensiva visitante.

A meio da primeira parte, o cenário foi mudando, já depois de uma arrancada de Wilson Eduardo (20 min.) que começou a colocar a equipa portista em sentido. O meio-campo do Porto não foi conseguindo mais; o do Sporting foi tomando conta da partida, assente sobretudo na (eficiente) presença de William Carvalho e, principalmente, nos grandes trabalhos defensivo e ofensivo de Adrien Silva.

Em um de vários duelos ganhos com o desastrado Herrera, o nº 23 do sporting serve Wilson Eduardo para este ficar isolado frente a Fabiano. Ganhou o duelo o guarda-redes portista com uma grande defesa (27 min.).

Era um exemplo do domínio do jogo que o Sporting conquistou já assente no seu meio-campo (e deixando as bolas longas) e que já resultavam em cruzamentos ora devolvidos ora concluídos para fora. O Sporting estava por cima e deixou o Porto cerca de 25 minutos sem rematar à sua baliza – voltou a fazê-lo por Herrera aos 40 minutos, e o melhor ritmo leonino manteve-se até ao intervalo.

Fabiano foi a parede

Paulo Fonseca demorou pouco mais de dez minutos após o reatamento para mexer. No meio-campo. Saiu o apagado Herrera para entrar Lucho. E, pouco depois dos 60 minutos, mexeu (ou teve de mexer, por eventual lesão de Fernando) outra vez. Entrou Defour

Isto, ao mesmo tempo que Leonardo Jardim também fez a primeira alteração no Sporting. No ataque. Saiu Slimani. Entrou Montero. E quatro minutos depois – mesmo com Adrien e William com amarelo – de novo no ataque: Carrilo por Capel.

O Porto ganhou mais consistência. Já jogava mais perto da área sportinguista. O domínio passou a estar dividido. O Porto começou também a conseguir utilizar mais as alas. Mas o Sporting continuou a complicar menos e a ter os processos mais simples. Também por isso, manteve a maior facilidade de remate à baliza adversária.

O bom trabalho entre os flancos e os centro-campistas resultou aos 74 minutos em três grandes oportunidades de golo para os leões na mesma jogada. Fabiano fez três grandes defesas (Carrillo, Montero e Cedric) e mostrava que era o melhor portista em campo.

Os dragões reagiram com um cruzamento de Licá a obrigar Marcelo a socar em esforço e com a entrada de Jackson aos 77 minutos. Jardim respondeu com a troca de André Martins por Vítor, Cartas na mesa para os últimos dez minutos. O que mudaria? Para o lado do Sporting. Para o lado do Porto? Os leões foram os primeiros a mostrar-se. Vítor dispara da meia lua... a oposição é de novo feita por Fabiano com mais uma grande defesa.

A cinco minutos do fim Carlos Eduardo vê o segundo amarelo no jogo e abriu uma nova variante para o que faltava jogar. Saiu mais uma sobra para Vítor fazer um golo, já no último minutos. O remate sai ao lado. O Porto respira e espera que o tempo passe. Ainda ataca, mas sem arriscar e preocupa-se sobretudo em tapar os caminhos para a sua baliza. Assim acontece e o jogo termina com o resultado como quando começou.