Como foram feitos os golos na principal Liga portuguesa até à 7ª jornada? Este texto responde-lhe, da forma mais simples possível, tentando não o incomodar com o que não é essencial.

148
Este é o número total de golos marcados até agora. O Sporting tem o melhor ataque (19), a Académica o pior (uma desgraça, apenas três golos comemorados).

50
Número de golos de bola parada até agora.

3
Os autogolos.

Como é fácil perceber, os outros golos surgiram em jogadas de bola corrida. Ou seja, as bolas paradas representam cerca de um terço dos golos marcados na Liga.

19
Dos 50 golos de bola parada, 19 resultaram de pontapés de canto. Tem havido golos a partir deste tipo de lance em todas as jornadas, embora na última jornada tenha acontecido apenas uma vez. O autor do golo foi Balboa e chegou para fazer tremer o Benfica.

17
Os penalties que resultaram em golo. Por clube, dá nisto: Estoril (3), FC Porto (3), Sporting (3), Sp. Braga (2), Gil Vicente (1), Marítimo (1), Rio Ave (1), Vitória Setúbal (1), Olhanense (1) e Belenenses (1).

12
Os golos que resultaram de livres. Três livres diretos, dois livres indiretos e sete livres laterais.

2
São os golos criados a partir de lançamentos de linha lateral. O Vitória de Setúbal marcou assim duas vezes, sempre com a bola a ser lançada da direita. Uma vez concluiu Rámon Cardozo de cabeça, em Paços, na outra foi Rafael Martins, com o pé, frente ao Gil Vicente. Veremos se este traço se mantém.

80
Este é o número de golos marcados com o pé direito.

27
Adivinhou, são os golos de pé esquerdo.

38
Sim, de cabeça foram conseguidos 38 golos.

Fora da área
Tenta um palpite? Em Portugal não se remata muito de longe e quando se remata nem sempre a convicção anda perto. Isso reflete-se no número de golos conseguidos fora da grande área. Até agora, apenas 11. O mais espetacular foi sem dúvida o de Aderlan Santos, defesa central do Sporting de Braga,

9
Melhor marcador do campeonato, Montero, festejou até agora nove golos, cerca de metade do que o Sporting conseguiu (19). Apenas um foi de grande penalidade. Tem quatro de cabeça, um deles ao Benfica, e quatro com o pé direito, que utilizou para marcar o penálti. O mais bonito, ao Arouca, foi feito com o pé esquerdo. Um goleador completo, portanto.

7
Com menos golos, Jackson demonstra também uma elevada variedade, o que de resto não é novidade. Já marcou com a cabeça (1), com o pé direito (2) e tem estado particularmente produtivo com o pé esquerdo: 4 golos. Destaque ainda para o avançado do Marítimo, Derley. Leva seis golos, três de pé direito, dois de pé esquerdo e um de cabeça, na pequena área. Por último Cardozo. O paraguaio marcou ao Vitória de Guimarães, ao Belenenses e ao Estoril, sempre de forma diferente, dando razão a Jesus que disse que mal começasse não iria parar.

6
A equipa de Leonardo Jardim não tem grandes segredos quando se trata de marcar e não está dependente das bolas paradas. É certo que conseguiu três golos de grande penalidade, mas apenas marcou dois de canto e um de livre. O resto, jogadas com a bola corrida. As ações aparecem dos flancos e do centro, mas a conclusão é quase sempre na grande árera, o mais próximo possível da baliza. Até agora só Wilson Eduardo (ao Rio Ave) e Cédric (ao Sporting de Braga) chutaram com êxito da fora da área. Quanto a golos sofridos, três resultaram de bolas corridas e só um de bola parada. Foi Tarantini que o conseguiu e valeu um empate em Alvalade.

15
A equipa de Paulo Fonseca parece necessitar mais das bolas paradas. Dos 15 golos marcados, três foram de grande penalidade, dois de canto e um de livre, precisamente na última jornada, por Quintero. Fenómeno curioso: por influência de Josué, Jackson e Quintero, o campeão nacional marca muito com o pé esquerdo. Quanto a golos sofridos, um de grande penalidade (Estoril), um de livre (Arouca) e dois de bola corrida.

11
O Benfica tem sido bastante menos eficiente do que os rivais. Marca menos e sofre mais. Dos onze golos marcados, nenhum resultou de grande penalidade (Lima falhou uma no Estoril, por exemplo), dois foram a partir de cantos e um de livre. Sofreu quatro de bola corrida, um de penálti e dois de canto, precisamente nas duas últimas jornadas, com Belenenses e Estoril.

2
A Académica só marcou em dois jogos, ambos contra equipas de Lisboa. Ao Estoril fez um golo de bola corrida. Ao Belenenses, na única vitória, um de canto e outro de bola em movimento.

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