Amido Baldé, avançado de 25 anos, viveu momentos dramáticos na última segunda-feira. O antigo internacional sub-20 português, que representa o Tondela por empréstimo do Marítimo, sentiu tonturas e quase desmaiava ao subir as escadas de casa.

Perante estes sintomas, que se juntavam a outros como tosse muito recorrente, dor no peito e ardor na garganta, os quais já se arrastavam desde o início da época, Amido resolveu pelo próprio pé deslocar-se à CUF Viseu para fazer exames médicos.

No hospital foi-lhe realizado uma TAC e exames ao sangue, os quais detetaram uma embolia: basicamente um coágulo que impede a circulação de sangue para os pulmões.

Amido Baldé já não foi autorizado a sair da CUF, tendo seguido imediatamente de ambulância para o Hospital São Teotónio, onde foi internado de urgência: durante quatro dias, o jogador ficou em recuperação, medicado e sem poder fazer qualquer esforço.

O médico que o atendeu, de resto, deixou bem claro que correu risco de vida, considerando que foi um perigo uma pessoa com uma embolia jogar futebol.

Amido Baldé teve alta na última quinta-feira.

Viajou então para Lisboa, para casa da família, onde se encontra, medicado e proibido de fazer esforços. No próximo dia 18 regressa ao Hospital São Teotónio para novos exames.

O jogador vai ser obrigado a parar durante seis meses, pelo que já não joga mais esta época. Só depois de meio ano de repouso se pode perceber se pode voltar a jogar futebol.

As queixas de Amido Baldé, por fim, já se arrastavam desde o início da temporada, quando o jogador deixou Angola e regressou a Portugal para representar o Marítimo.

Apesar disso, a embolia não foi detetada em nenhum exame pelas equipas médicas de Marítimo, primeiro, e de Tondela, desde janeiro passado.

O Maisfutebol tentou contactar o Tondela para esclarecer esta situação, mas até ao momento não foi possível.