O Standard Liège defendeu nesta terça-feira perante o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), em Lausana, Suíça, a intenção de receber 400 mil euros de indemnização do FC Porto pela formação dos irmãos Tony e Celéstin Djim, quando os dois jogadores se transferiram para os dragões no verão de 2014.

Na audiência, os representantes do clube belga tentaram demonstrar que tinham a intenção de manter os irmãos antes da proposta proveniente do FC Porto. «Entregámos ao TAS as propostas de contrato enviadas pelo correio ao pai dos dois futebolistas, Luciano Djim [ex-jogador do Charleroi e do La Louvière]», disse Pierre Locht, diretor jurídico do clube, após a audiência.

«O FC Porto argumenta que o pai dos irmãos Djim nega ter recebido essas propostas enviadas pelo correio», acrescentou Pierre Lochte.

Cabe agora ao TAS decidir se o Standard Liège manifestou ou não interesse em manter os jogadores provenientes da formação do clube. A decisão deverá ser conhecida nos próximos dois meses.

Recorde-se que há dois anos o clube belga interpôs uma ação judicial na FIFA contra os azuis e brancos, na qual reclamava uma compensação financeira pela formação de Joris Kayembe. Na altura, o organismo máximo do futbol mundial condenou o FC Porto ao pagamento de 190 mil euros.

No processo dos irmãos, o Standard Liège já tinha feito queixa à FIFA em 2016, que deu razão ao FC Porto.