A 17ª etapa do Tour de France começou hoje sem qualquer corredor a envergar a camisola amarela. Depois de Alexandre Vinokourov, Christian Moreni, as equipas Astana e Cofidis terem abandonado a competição, também o líder foi mais cedo para casa. O dinamarquês Michael Rasmussen, até à etapa de ontem camisola amarela, foi retirado da competição pela sua própria equipa, a Rabobank, por ter ocultado ao responsável da equipa o local dos treinos de preparação para a volta à França. Rasmussen comunicou estar no México quando se encontrava na Itália, situação que lhe permitiu escapar a controlos antidoping surpresa.
À partida para a etapa 17, Christian Prudhomme, director da prova afirmou: «a saída de Rasmussen é a melhor coisa que pode acontecer ao Tour. A corrida vai começar sem ele e a camisola amarela vai ser atribuída no final da etapa». Havia a expectativa se Alberto Contador, jovem espanhol da Discovery, que estava ontem no segundo lugar da geral, iniciaria a etapa com a camisola amarela mas tal não aconteceu. Para os restantes corredores a volta continua. «Era um insulto para eles terminar com a corrida. Acreditamos que a classificação geral está muito melhor agora do que estava antes» afirmou Christian Prudhomme.
A saída de três corredores e duas equipas numa situação pouco clara volta a assombrar a modalidade e, mais concretamente, a competição francesa. Depois da suspeição em torno das vitórias consecutivas de Lance Armstrong, também no ano passado Floyd Landis faltou a um controlo anti-doping durante a corrida.
O director da prova, Christian Prudhomme, já rejeitou a ideia de cancelar o evento. Entre exclusões, retiradas e quedas, dos 189 corredores que iniciaram o Tour apenas 142 seguem o caminho até aos Campos Elísios.