O boicote foi protagonista da décima etapa do Tour, com os ciclistas a reclamarem o uso de auriculares através de um lento percurso de 194,5 quilómetros, concluído ao fim de quase cinco horas de prova (4.46,43) pelo britânico Mark Cavendish, o primeiro a cortar a meta.
A UCI proibiu o uso de auriculares, que permite aos ciclistas estarem em permanente contacto com as equipas, e os visados combinaram atrasar a conclusão da etapa, que esteve longe de ser animada. O organismo que superintende o ciclismo entende que aquele recurso não só põe em risco a segurança dos corredores como retira espontaneidade à competição.
Nos primeiros quilómetros da etapa que ligava Limoges a Issoudun, quatro ciclistas, três deles franceses, escaparam ao pelotão para surpresa de todos. É que outra das medidas combinadas entre atletas e equipas era a de evitar que um francês ganhasse nesta terça-feira, por ser feriado nacional em França e, assim, prejudicar o espectáculo. O pelotão chegou a pedalar a 25 km/hora, para aborrecimento de quem acompanhava a etapa, sobretudo, pela televisão.
Ao fim de mais de quatro horas de corrida, os ciclistas carregaram no pedal a 25 quilómetros da meta e a sete quilómetros do final, com os quatro aventureiros já neutralizados, Cavendish impôs-se ao sprint e cortou a meta.
O italiano Rinaldo Nocentini continua a vestir a camisola amarela, com o espanhol Alberto Contador a seis segundos e o norte-americano Lance Armstrong a oito. Sérgio Paulinho é 41º da geral, enquanto Rui Costa é 88º.