O guarda-redes Jackson Follman, da Chapecoense, um dos sobreviventes do acidente aéreo que provocou 71 mortos na segunda-feira, na Colômbia, não corre risco de uma segunda amputação, revelaram os médicos.

Follman, um dos seis sobreviventes, foi submetido a amputação de parte da perna direita, devido à gravidade das lesões, mas saiu bem de uma segunda cirurgia efetuada na quinta-feira, que não exigiu a amputação do membro esquerdo.

«As lesões evoluíram bem, de tal forma que não foi necessária a amputação», indicou o médico Ferney Rodríguez, diretor clínico do Hospital San Vicente Fundación, em Medellín.

O guardião continua na Unidade de cuidados intensivos, nas mesmas condições que o seu companheiro de equipa da Chapecoense Alan Ruschel, que segundo a diretora da clínica Somer de Rionegro, Ana María González, está «em situação favorável».

«Foram limpas as feridas, muito contaminadas pelo tipo de acidente. Está a recuperar bem da cirurgia à coluna, tem mobilidade conservada e começámos a diminuir um pouco a sua sedação», disse a responsável.

Os bolivianos Ximena Suárez e Erwin Tumirik, membros da tripulação do avião acidentado estão conscientes, segundo os responsáveis médicos, e em «muito boas condições», de evolução favorável.

Ana María González disse mesmo que na sexta-feira Tumirik deverá receber alta médica.

O acidente ocorreu na segunda-feira, depois do avião, que partiu do aeroporto Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, cair a 17 quilómetros do aeroporto de Medellín, na Colômbia, na segunda-feira à noite, com 77 pessoas a bordo.

Entre as 71 vítimas, estão 22 jogadores do clube brasileiro Chapecoense - que iria disputar na Colômbia a primeira mão da final da Taça sul-americana -, 22 dirigentes, membros da equipa técnica e convidados, 22 jornalistas e nove tripulantes.

Os sobreviventes são três jogadores, dois tripulantes e um jornalista.