Paulo Duarte entrou na sala de imprensa aparentemente calmo, mas depressa mostrou a sua indignação. O técnico considera que o livre directo de Laranjeiro entrou mesmo na baliza e por isso mesmo queria apresentar as imagens do lance na UEFA, mas como não houve transmissão televisiva, só tem um DVD gravado por responsáveis do próprio clube.
«Estou orgulhoso dos meus jogadores mas estou desiludido com a minha pátria. É lamentável que se transmitam jogos sem qualidade nenhuma e hoje, que representámos Portugal, não foi transmitido. Sinto-me enxovalhado. Sinto-me um português de segunda», começou por dizer o técnico leiriense, que depois fez a sua interpretação do lance da polémica: «O guarda-redes tem o pé direito em cima da linha e tem o corpo para trás. A bola entrou um metro.»
Paulo Duarte mostrou-se ainda conformado com a sua expulsão, já perto do final da partida: «Fui expulso devido à minha forma de estar no banco. Sou muito activo e a UEFA não permite que um técnico esteja constantemente de pé. Não me consigo conter», justificou.
Em relação ao jogo propriamente dito, o técnico reconhece que a sua equipa deu quarenta e cinco minutos de avanço ao adversário, que considera o «Benfica de Israel: «Sinto que a minha equipa apresentou um nível exibicional diferente na segunda parte. Não entrámos bem no jogo. Demos muito terreno ao adversário. Recuámos muito e falhámos muitos passes. Não fomos uma equipa pressionante. A segunda parte foi fantástica.»
Apesar de ter cedido um empate em casa, sem golos, o técnico leiriense acredita que tem boas hipóteses de seguir em frente: «Até posso estar em vantagem para o segundo jogo. Se marcar fora posso seguir em frente. Eles têm de marcar um golo.»