Minuto 11: magia de Nico Gaitán, na estreia pelo Sporting de Braga.

Paulinho: golo 11 pelo Sp. Braga nas competições europeias, a empatar o recorde do clube com Alan e Ricardo Horta.

Jogo 11 contra equipas ucranianas: primeira vitória para os minhotos.

Em campo, 11 jogadores que defenderam as cores bracarenses e portuguesas para mais uma vitória importante na Liga Europa.

Simbolismos e coincidências numéricas à parte, a equipa de Carlos Carvalhal fez valer uma entrada arrasadora em campo para vencer o Zorya na Ucrânia, por 2-1, vingando a história da terceira pré-eliminatória de há dois anos para colocar-se em boa posição de apuramento no grupo G.

Os minhotos chegam aos seis pontos, tantos quantos o Leicester, que venceu o AEK na Grécia (1-2). Gregos e ucranianos seguem sem pontos. Posição sem dúvida mais confortável.

Duas aproximações madrugadoras bastaram para fazer a diferença, na quinta vitória seguida do Sp. Braga esta época.

ZORYA-SP. BRAGA: o filme do jogo na Ucrânia

Aos quatro minutos, Paulinho recebeu de peito uma bola longa de Matheus, Ricardo Horta solicitou Esgaio, que cruzou para Paulinho desviar de primeira. Depois, a magia de Gaitán, feliz no primeiro jogo pelo clube: Raúl Silva conduziu a bola desde o meio campo e colocou para um remate de primeira e indefensável do argentino, ao canto da baliza. Vasilj ficou a ver a obra de arte.

Certo é que o Zorya não se desorientou com o revés em dose dupla e, apoiado na posse de bola que privilegia no seu jogo, foi para a frente, ao ataque. Kabaev e Korchegin foram homens perigosos nas movimentações atacantes e Matheus não teve descanso em várias tentativas dos ucranianos.

A primeira, com alguma clareza, surgiu num remate defendido a dois tempos, de Nazaryna (15m). Mas foi perto do intervalo que a equipa comandada por Skripnik intensificou a ofensiva. Yurchenko, por duas vezes, ficou a dever a si e à equipa o golo. Alívio para o Sp. Braga, que foi quase sempre cirúrgico e inteligente em vantagem, mas nem sempre de forma absolutamente tranquila.

A verdade é que o Zorya chegou ao intervalo a vencer em quase tudo, menos no que mais interessava: 60-40 em posse de bola, 10-3 em remates (6-3 nos enquadrados), 4-0 em cantos. Mas a defensiva bracarense esteve irrepreensível. Quando não esteve, beneficiou da falta de pontaria dos homens de leste.

Isso aconteceu já na segunda parte, por exemplo, ao minuto 66. Num dos dez cantos a favor do Zorya - o Sp. Braga dispôs do seu único aos 83 minutos - Ivanisenya falhou de forma incrível na pequena área.

A gerir, umas vezes melhor, outras nem tanto, o Sp. Braga foi adiando a eficácia do Zorya e até podia ter selado as contas pelo recém-entrado Schettine: Vasilj fez a mancha (83m). André Horta também mexeu com um lance de génio pela esquerda, mas teve oposição do guardião (85m).

Já a queimar o quinto e último minuto de compensação, Ivanisenya redimiu-se e deu uma alegria fugaz aos 853 adeptos nas bancadas, com um belo golo de fora da área. Não chegou e ainda bem para o Sp. Braga, que traz os três pontos para Portugal e vai, dentro de uma semana, discutir a liderança isolada a Inglaterra.

O golo de Paulinho: