Milos Radisavljevic Kimi é o conhecido líder de uma claque do Partizan e decidiu tirar a braçadeira de capitão a Marku Scepovicu após a derrota na pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

O Partizan de Belgrado, antigo clube de Lazar Markovic (Benfica), foi afastado pelo Ludogorets Razgrad, equipa búlgara onde jogam os portugueses Vitinha e Fábio Espinho.

No final do encontro, um jogador da formação sérvia aproximou-se da claque para entregar a sua camisola. Os adeptos não quiseram. Logo depois, Kimi saltou a rede e seguiu calmamente até Marku Scepovicu, tirando-lhe a braçadeira de capitão do braço.

O jogador, os companheiros de equipa e os elementos da segurança ficaram sem reação perante a atitude do conhecido ultra. Ou com medo.

Mas a história não fica por aqui. Já nesta quarta-feira, em conferência de imprensa, Kimi falou sobre o assunto e considerou que o gesto foi perfeitamente normal.

«Eu não fui agressivo nem lhe tirei a braçadeira do braço. Somos amigos. Ele é que sentiu a obrigação de dar a braçadeira aos adeptos», explicou o adepto que já cumpriu penas de prisão por ameaças a jornalistas e desacatos com polícias.

Scepovic aceitou o seu destino. «Ele sabe a nossa posição e sabe que queremos que dê o máximo em campo. Tenho a certeza que irá fazê-lo no próximo jogo e irá merecer a braçadeira. Nós não decidimos quem é o capitão, embora seja uma questão importante para nós», concluiu Kimi.

«Apenas senti a obrigação de dar a braçadeira aos adeptos que têm estado connosco. O Kimi aproximou-se de mim e eu deu-lhe a braçadeira, senti que o devia fazer», garante Scepovic.

As imagens falam por si.



[artigo atualizado]