Confesso o meu alívio por ter terminado o F.C. Porto-Benfica.

O jogo foi tão insuportável como era de prever.

Ele já nasceu insuportável, de resto, tão rasteiro foi o ambiente criado em redor da partida. Um ambiente que resulta da doentia rivalidade que benfiquistas e portistas têm construído nas últimas décadas.

Uma rivalidade que se tem feito muito mais de declarações de dirigentes, de processos judiciais e desportivos, de livros e de amizades/inimizades do que propriamente de jogos de futebol inesquecíveis.

Foi doloroso ver o autocarro de uma equipa ser atingido durante dois dias, como se se deslocasse para território inimigo. Foi doloroso ver centenas de polícias suar para manter à distância milhares de adeptos dos dois clubes. Foi, enfim, doloroso assistir a um jogo sempre envolto numa tensão inexplicável.

O futebol não é nada disto. Ainda bem que acabou o clássico. Não deixará saudades.