1. De acordo, o Benfica até precisa de um trinco, mas isso é porque todas as equipas necessitam sempre de mais jogadores. A questão não deve ser vista assim. Com os escassos recursos disponíveis, deve ser esta a primeira posição a reforçar? Nem pensar. Camacho precisa de um número 10, de outro número 8, de um avançado diferente de Nuno Gomes e Sokota e de um extremo esquerdo que permita a Simão descansar um pouco. E, claro, mais um central dava imenso jeito. Depois desta longa lista, um «trinco» até estaria bem.
2. A discussão não nasce do vazio. Paulo Almeida é o rosto do tema. Jovem jogador do Santos, interessa ao Benfica pela expectativa de qualidade, pela idade e pela possibilidade de um dia destes realizar dinheiro com a venda. Pois, mas para isso Paulo Almeida teria de jogar de caras, adaptar-se, ter sorte de ir à selecção, enfim, uma série de «ses». Para os clubes da dimensão do Benfica o Brasil continuará a ser o mercado ideal? Tenho muitas dúvidas. Basta ver quantos jogadores brasileiros saem de Portugal para grandes clubes europeus.
3. Sim, Petit também se lesiona. Mas, e Fernando Aguiar? De menos? Parece, mas ninguém pode desmentir a utilidade (20 jogos, 3 golos, mais de mil minutos na Superliga deste ano)do «Robocop», um jogador como não há outro na Superliga. E na equipa «B», não haverá mais ninguém? O próprio Manuel Fernandes parece uma opção credível para o lugar. Tem jogado mais à frente, mas não parece possuir a criatividade suficiente para ser um número «10», ninguém deve espantar-se se o «miúdo» acabar por fazer carreira como «trinco».