1. Fernando Aguiar. Quem vê jogar o luso-canadiano, reza por quem esteja perto e para que não ponha a bola entre o ponta-de-lança adversário e Moreira. Podem defender os mais ponderados que o médio dá jeito em alguns jogos pelo poder de choque (os de clima difícil), mas é constrangedor vê-lo ameaçar um passe de mais de 20 metros para depois atrasar para um dos centrais. Ter um bom suplente é essencial numa equipa que luta por títulos, que tem aspirações não só domésticas, mas internacionais. E a avaliar pelo banco desta época, onde estão as soluções? Há dúvidas de que uma bola para Fernando Aguiar faz tilt?
2. Lesões. Um mar de lesões: uma defesa remendada, um meio-campo que demorou a reencontrar uma dupla de sucesso (Tiago e Petit) e um ataque à vez. Músculos com rupturas, trocas constantes de «onze». Esta é uma das imagens que fica do Benfica desta época. Qualquer jogador é bem-vindo, desde que venham a zero para as contas, tenham qualidade e o salário não arranque preocupações.
3. Reforços. Sim, o Benfica precisa de muito mais do que um médio-defensivo, mas têm de começar por algum lado. Florentino Pérez, o presidente do Real Madrid, diz que homens para defender não se compram e os «galácticos» têm no inglês Beckham, depois da dispensa de Makelele, o homem mais recuado do meio-campo. Mas, mesmo assim, dramas como os de Sevilha, de Montjuic ou de Bilbau acontecem sazonalmente, com a defesa de Pavóns e Mejias de dentes a ranger e pernas a tremer, sem qualquer tipo de protecção. O Benfica está bem servido, porque tem dois (já falámos de Fernando Aguiar... e Ednilson, emprestado ao V. Guimarães, nunca convenceu Camacho) de bom nível, mas joga com todas as armas que tem.